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Desembargador que soltou traficante retorna ao cargo após decisão de Moraes

Ministro do STF autoriza retorno de desembargador investigado ao cargo no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul

Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o desembargador Divoncir Schreiner Maran está autorizado a retornar ao seu posto no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul. O juiz é alvo de investigação depois de ordenar a libertação do “chefão” do tráfico de drogas em MS.

Desembargador Divoncir Schreiner recebe habeas corpus e é liberado por Moraes

Na quarta-feira (3), Moraes concedeu um habeas corpus ao desembargador Divoncir Schreiner, que estava afastado do TJMS desde 9 de fevereiro de 2024.

Na sentença, o magistrado cancelou as restrições preventivas aplicadas a Maran. Não só ele estava distante de seu posto, mas também lhe foi negado o acesso ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul e a possibilidade de interação com os funcionários do tribunal.

A equipe do UOL entrou em contato com o TJMS para solicitar uma declaração tanto do tribunal quanto do próprio desembargador, no entanto, até agora não houve retorno aos pedidos.

Desembargador soltou ‘chefão’ do crime organizado

Em fevereiro, a Polícia Federal iniciou uma operação para investigar Divoncir Schreiner Maran. O desembargador é alvo de investigações por suposta prática de “corrupção passiva” e “lavagem de dinheiro”.

Durante o evento, nove mandados de busca e apreensão foram executados por policiais federais, com autorização do Superior Tribunal de Justiça. As ações ocorreram nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A decisão de liberar o narcotraficante Gerson Palermo iniciou uma série de investigações. Esta decisão foi tomada por um desembargador, que concedeu um “habeas corpus” durante um plantão judiciário. A decisão data de abril de 2020 e o criminoso é considerado de “alta periculosidade”.

A concessão do habeas corpus permitiu a Palermo a condição de cumprir sua sentença sob prisão domiciliar, com a exigência de monitoração eletrônica. De acordo com a Polícia Federal, ele tem associação com um grupo criminoso e possui um “vasto histórico de envolvimento em crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de capitais e organização criminosa”.

A determinação de Maran foi anulada por outro juiz no dia seguinte. No entanto, antes disso, Palermo já havia destruído a sua “tornozeleira eletrônica” e escapado. Até o momento, ele ainda não foi recapturado. O líder da gangue recebeu uma sentença de 126 anos de prisão.

Os crimes que estão sendo investigadas incluem “corrupção passiva” e “lavagem de capitais”. As apurações continuam sob sigilo judicial.

O desembargador Divoncir também está sendo investigado pelo Conselho Nacional de Justiça.

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