A psiquiatra Natália Schincariol, de 29 anos, de São Paulo, esteve presente na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), situada no Cambuci, no centro da cidade, na tarde de sexta-feira (5/4). Ela estava lá para prestar depoimento sobre as supostas agressões físicas e psicológicas que afirma ter sofrido de Luís Cláudio Lula da Silva, de 39 anos.
Natália apareceu na delegacia de polícia logo após o meio-dia, flanqueada por seus advogados. Eles foram levados em dois carros de segurança providenciados pela Casa da Mulher Brasileira. O interrogatório conduzido pela Polícia Civil durou cerca de duas horas.
Ao término, Natália deixou a delegacia sozinha, sem dar declarações à imprensa, no mesmo carro em que chegou, que foi seguido por outros dois veículos de escolta.
No final, Natália saiu da delegacia sozinha, sem fazer declarações à imprensa. Ela foi embora no mesmo carro em que chegou, que estava sendo seguido por dois outros veículos de escolta.
Os advogados de defesa deixaram o local a pé. Eles mencionaram que Natália está “muito abalada” e não deram detalhes sobre o depoimento.
Conforme determinação da juíza Joanna Palmieri Abdallah, do Foro da Casa da Mulher Brasileira, Luís Claudio está impedido de entrar em contato ou se aproximar a menos de 200 metros de distância de Natália.
Na terça-feira (2/4), Natália registrou um boletim de ocorrência contra o ex-parceiro. Ela relatou à polícia que o relacionamento durou cerca de dois anos, durante os quais descobriu traições e passou a enfrentar episódios de violência doméstica.
No Boletim de Ocorrência, Natália declara que “as agressões são de natureza física, verbal, psicológica e moral”. Ela detalha que durante uma discussão no final de janeiro deste ano, o filho de Lula lhe deu “uma cotovelada na barriga”, supostamente recusando-se a devolver o celular da então parceira.
Ela relatou à polícia que já foi obrigada a se afastar do trabalho por um mês, “devido ao trauma causado pelas agressões”, e que foi “hospitalizada com crises de ansiedade”. Além disso, afirmou que Luís Cláudio a ameaça e ofende constantemente, chamando-a de “doente mental”, “vagabunda” e “louca”.
Ainda, a vítima alega que estava sendo “manipulada” e “ameaçada” para não revelar as agressões, com a justificativa de que o agressor é filho do presidente e que “possui influência para se safar das acusações”.
O que diz a defesa de Luís Cláudio
A representante legal de Luís Cláudio, a advogada Carmen Tannuri, divulgou uma declaração refutando as acusações e declarou que iniciará um processo legal contra Natália.
“Tomamos conhecimento das fantasiosas declarações que teriam sido proferidas pela médica, atribuindo ao nosso cliente inverídicas e fantasiosas agressões, cujas mentiras são enquadráveis nos tipos dos delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por reparação por danos morais, motivos pelos quais serão tomadas as medidas legais pertinentes”, afirmou.