Ricardo Cappelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento ndustrial (ABDI) e ex-secretário de Flávio Dino quando este era ministro da Justiça, argumentou que Elon Musk e suas empresas deveriam ser banidos do Brasil.
Cappelli justificou o banimento como uma resposta ao “fascismo” e rotulou as acusações do proprietário da rede social X (anteriormente conhecido como Twitter), que se referiam à pressão exercida por políticos e uma parcela do judiciário brasileiro por censura de perfis não alinhados à esquerda, como “ataques”.
“Musk dobrou a aposta. Acabou de atacar novamente o ministro Alexandre de Moraes e, agora, o presidente Lula. Não se brinca com a cobra do fascismo. Ou você esmaga ela, ou ela te pega. Esse canalha precisa ser banido do Brasil com seus negócios. Imediatamente”, escreveu Cappelli em seu perfil na rede social X.
A publicação a qual Cappelli se refere como um “ataque” inclui uma pergunta de Musk questionando “como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se tornou um ditador no Brasil” seguida de sua própria resposta: “Ele tem Lula na coleira”.
No último final de semana, Musk optou por desconsiderar todas as limitações estabelecidas pela justiça brasileira em relação a certos perfis na plataforma. O magnata acusou Moraes de “censura” e se comprometeu a restabelecer os perfis, por acreditar que as ações tomadas eram arbitrárias e ilegais.
A decisão de Musk foi instigada a partir do recente caso conhecido como “Twitter Files Brazil”, que trouxe documentos com revelações de como a plataforma reagiu a pedidos de censura feitos, principalmente, por Moraes, em 2022.
Em resposta, no domingo (7), Moraes determinou a abertura de um inquérito contra Musk. No despacho, o ministro pediu a inclusão do empresário como investigado em outro inquérito já existente, o polêmico inquérito das milícias digitais.
Alinhados com a reação de Moraes, representantes do governo e parlamentares da esquerda reforçaram os pedidos para regulação das redes sociais, pediram a “responsabilização” de Musk e o acusaram de ser um tipo de “porta-voz da extrema-direita global”.
Na última segunda-feira (8), Jorge Messias, o Advogado-Geral da União (AGU), anunciou que havia denunciado Musk na reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), localizada em Washington, Estados Unidos. Ele também prometeu tomar medidas “concretas e contundentes, com alcance internacional, na luta contra o discurso de ódio, a desordem informacional e o extremismo”.
As informações são da Gazeta do Povo