A febre é, muitas vezes, uma resposta do sistema imunológico, uma ação natural da resposta do corpo a uma infecção e pode ajudar a combater a propagação do agente infeccioso, além de estimular o sistema imunológico.
Quando o corpo detecta a presença de um agente invasor, como bactérias, vírus ou outros patógenos, ele desencadeia uma série de reações fisiológicas para combater a infecção, sendo a febre uma dessas respostas.
Walter Peres, médico pediatra e professor do curso de Medicina da Uniderp, destaca que a medicação precipitada pode ser um erro, na maioria dos episódios de febre e explica o porquê. “Entender o motivo de esperar três dias antes de se preocupar quando seu filho apresentar febre é crucial para uma abordagem mais racional desta condição tão frequente. Com certeza este conhecimento vai evitar muitas idas desnecessárias aos prontos atendimentos. A febre, muitas vezes, é uma resposta natural do corpo a infecções virais e costuma resolver-se por conta própria, na maioria dos casos até 72h (3 dias)”.
Segundo o pediatra, este período de observação, para crianças em bom estado clínico geral, permite diferenciar na maioria das vezes entre uma febre passageira de origem viral e uma condição mais grave que exige atenção médica imediata. No entanto, o especialista salienta que o tempo de duração da febre não é o único parâmetro a ser monitorado. “Sintomas que possam indicar piora clínica, como dificuldade para respirar, prostração, sinais de desidratação ou febre muito alta e persistente, indicam a necessidade de uma avaliação pelo pediatra com maior urgência”, completa.
Para cessar a febre de forma natural, entre as opões estão manter a criança confortável com roupas leves, além de hidratada com líquidos como água e sucos naturais; banho morno e compressas frias na testa ou axilas podem auxiliar na diminuição da temperatura corporal. “Alguns medicamentos para baixar a febre podem ter efeitos colaterais, especialmente em pacientes infantis. Sendo assim, adiar o uso desses medicamentos pode reduzir os efeitos colaterais indesejados”, finaliza o pediatra.
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Por: Camila Crepaldi