
Na origem da falência da absoluta maioria dos Hospitais Beneficentes e Santas Casas Brasil afora, estavam as duplicatas do monopólio de determinada empresa na produção e comercialização de oxigênio…
O Município de Parintins comprou por R$ 1.400.000,00 uma Usina com capacidade de produzir 36 m3 hora de Oxigênio Hospitalar.
Adquirida pela internet na Alemanha, transportada via aérea, com escala em Guarulhos, chegará em Parintins em 48 horas.
Se há alguma coisa boa advinda da pandemia chinesa, é o fato de que abriu-se espaço aos que pensam diferente e solucionam problemas, com inteligência e criatividade.
Priorizam o foco na realidade e não nas possíveis vantagens da dialética ideológica ao analisar e tentar tirar vantagens políticas do caso, inventando malvados culpados.
Na origem de tudo isso, o cancelamento das entregas do precioso oxigênio.
Nem sempre quem lacra, quem cancela o adversário por motivos políticos ou econômicos se livrará desta maldição: quem cancela fisicamente o suposto oponente , na verdade, por sua arrogante incapacidade de entender o outro, confessa e constrói a própria derrota.
Que pode demorar 48 horas para se configurar com no caso do Oxigênio Hospitalar de Parintins, ou até ser imediato quando se para de ouvir e entender o outro, cancelando-o…
Como ensinava D. Helder Câmara em “O deserto é fértil”: “Quando discordas de mim, tu me enriqueces!”
Ideias que sofrem tentativa de assassinato com violência, jamais desaparecem diante de tais atos de ignomínia, tais linchamentos, tais grandes expurgos, mesmo que na aparência moralmente justificáveis por coletivos, serão pesadamente condenados nos tribunais da História.
O cancelamento físico da voz do outro é o supremo ato de covardia, diante do terror que proporciona vislumbrar, no átimo de um relâmpago, o tamanho da própria ignorância.
Armando LacerdaPortoSão Pedro