O prazo estipulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para a conclusão do inquérito de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi ignorado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 3 de abril, Paulo Gonet, o Procurador-Geral da República, expressou-se contra um requerimento de libertação de Silvinei Vasques, feito pela sua defesa. Durante essa situação, o procurador estabeleceu um prazo de 15 dias para que a Polícia Federal finalizasse as investigações.
No entanto, dois dias após a resposta ao órgão, Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão do ex-diretor da PRF e desconsiderou o prazo solicitado pela PGR.
“As condutas imputadas a Silvinei Vasques são gravíssimas e os elementos de provas, apresentados, bem como as novas diligências indicadas pela PF como imprescindíveis para a completa apuração das condutas ilícitas investigadas, comprovam a necessidade da prisão preventiva”, diz um trecho da decisão de Alexandre de Moraes.
O juiz já havia rejeitado solicitações de liberdade para Vasques anteriormente. Isso aconteceu em duas instâncias, em 2023.
Silvinei Vasques está preso há oito meses
Vasques encontra-se encarcerado desde agosto de 2023. Alegadamente, ele está sendo investigado por uma suposta “interferência durante as eleições de 2022”.
O ex-diretor da PRF enfrenta acusações de empregar a corporação para conduzir blitzes em estados do Nordeste, durante as eleições presidenciais em 2022.
Em março, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou outra denúncia à Justiça Federal contra Silvinei Vasques. Ele foi acusado de fraude na compra de 15 veículos blindados, conhecidos como “caveirões”.
As informações são da Revista Oeste