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Crítica de Gilmar Mendes a Fux acentua racha no Supremo

Ministro questiona decisão em que colega votou para liberar ação contra Bolsonaro

Em um novo capítulo das tensões internas no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes teceu duras críticas ao voto do colega Luiz Fux durante o julgamento que discutia se o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria ser investigado por sua conduta na pandemia. Gilmar Mendes atacou a decisão de Fux, que votou pela liberação da ação contra Bolsonaro, levantando questionamentos sobre a legalidade do posicionamento.

O embate ocorreu durante a sessão que analisava se o Supremo poderia dar prosseguimento a uma notícia-crime apresentada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid contra Bolsonaro. A CPI solicitava que o ex-presidente fosse responsabilizado por omissão e outros crimes durante a crise sanitária. Ao votar, Fux se manifestou a favor da investigação, argumentando que as acusações da CPI eram graves e mereciam ser apuradas.

No entanto, a manifestação de Fux não foi bem recebida por Gilmar Mendes, que criticou publicamente o voto. Em sua fala, Gilmar questionou a base jurídica do colega, sugerindo que a decisão de Fux poderia abrir precedentes perigosos e extrapolar as competências do tribunal. A crítica de Mendes sublinha o aprofundamento do racha entre os ministros, expondo visões conflitantes sobre os limites da atuação do STF em casos de repercussão política.

A troca de farpas entre os dois ministros evidencia o clima de polarização que permeia o judiciário brasileiro, especialmente em processos que envolvem figuras de alta relevância política. A divergência não se restringe apenas ao caso de Bolsonaro, mas reflete uma disputa maior sobre a jurisprudência e o papel do Supremo na democracia.

Da redação Midia News

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