Ministro de Lula pede que governo tome providências contra ‘fake news e extrema direita’
Responsável pela Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta cobra ação por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou em reunião com outros integrantes do Governo Lula que é preciso “botar para foder” com a fake news. A declaração foi dada durante reunião na sala de situação, montada para coordenar ações relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul. O áudio vazado foi obtido pelo jornal Folha de S. Paulo.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também estava presente na reunião e disse que acionaria Polícia Federal (PF), Ministério da Justiça e Advocacia-Geral da Uniã
o (AGU) para responsabilizar quem propagasse fake news e desinformação sobre a situação do Estado.
“Pedi que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, desse uma entrevista aos veículos da imprensa anunciando que vai pedir à PF que abra procedimento”, falou Rui Costa. “E que AGU, junto ao Ministério da Justiça, irá acionar os órgãos competentes para consequente ação judicial e responsabilização dessas pessoas, porque se trata de um crime absurdo, não apenas moral, de reputação, mas porque estamos falando de vidas humanas.”
Em meio ao discurso de Costa, o ministro Paulo Pimenta conversou com um interlocutor. “Tem uma coisa importante para ti no início da reunião. Botar pra foder com eles”, declarou. Ao passo que a pessoa responde: “Prender”. O titular da Secom ainda acrescenta que é “mandar prender” porque “não aguento mais fake news”.
Ofício ao Ministério da Justiça
Depois da reunião, a Casa Civil emitiu uma nota confirmando a investigação das fake news. “O Ministério da Justiça vai acionar os órgãos competentes para apuração e responsabilização dos propagadores de mentiras”, declarou Rui Costa.
Pouco tempo depois a Secom informou que Pimenta solicitou a Lewandowski, por meio de ofício, a “apuração de ilícitos, individualização de condutas e responsabilização de pessoas propagando fake news.”