A Santidade além dos gêneros: Padre Lancellotti narra filme que apresenta santa como trans
Arquidiocese de São Paulo contesta a narrativa, reacendendo o debate sobre inclusão na Igreja católica

O padre Júlio Lancellotti, conhecido por sua atuação em defesa dos mais vulneráveis, protagoniza um novo capítulo de debate na Igreja Católica ao narrar um filme que retrata Santa como uma pessoa transgênero. A produção cinematográfica, que tem gerado grande repercussão, levanta questões sobre a interpretação de figuras religiosas e a inclusão de identidades de gênero na fé cristã.
A narrativa, que ainda não foi divulgada integralmente, tem como base a história de uma Santa, cuja identidade, segundo o filme, seria, na verdade, transgênero. A narração de padre Lancellotti confere peso e legitimidade à abordagem, considerando sua influência e o respeito que conquistou ao longo dos anos. A produção, ao propor essa perspectiva, busca dialogar com as comunidades LGBTQIA+, abrindo um espaço para reflexão sobre a diversidade dentro da Igreja.
A iniciativa, contudo, não passou despercebida pela Arquidiocese de São Paulo. Em nota oficial, a instituição rebateu a narrativa, classificando-a como uma interpretação distorcida e sem base teológica. A Arquidiocese defende a visão tradicional dos santos e ressalta a importância de seguir os dogmas e as escrituras. O embate entre a proposta inovadora do filme e a posição conservadora da Arquidiocese evidencia a tensão entre a tradição e a busca por uma Igreja mais inclusiva.
O filme e a reação da Arquidiocese levantam um questionamento fundamental: como a Igreja pode dialogar com as questões contemporâneas de identidade e gênero sem ferir suas tradições? Enquanto alguns defendem a necessidade de uma Igreja que se adapte aos novos tempos, outros temem que essa abertura possa descaracterizar sua essência e seus ensinamentos.
Da redação Midia News