Líderes do União Brasil, que possui a terceira maior representação na Câmara, reafirmaram ao longo do final de semana a necessidade de se distanciar do governo Lula, após uma repreensão dada pelo membro do PT a um prefeito do partido em uma cidade baiana.
Na última sexta-feira, Lula descreveu como “falta de respeito” a não participação do prefeito na cerimônia de inauguração do Hospital Estadual Costa das Baleias e na visita ao campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
“Eu não o conheço. Eu só quero dizer para vocês é que é uma falta de respeito o prefeito não estar aqui, agora, na inauguração, agradecendo ao governador Jerônimo [Rodrigues] de ter feito um hospital aqui, de agradecer ao Lula pela universidade aqui, pelas escolas técnicas…”, disse o petista no ato público.
Integrantes do partido reagiram mal à declaração, interpretando-a como uma exigência de lealdade a todos os membros da sigla. Atualmente, o União detém três ministérios no governo Lula: “Turismo”, com Celso Sabino; “Comunicações”, com Juscelino Filho e “Integração Regional”, com Waldez Góes. Este último é indicado pelo ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP).
Nas próximas eleições municipais de 2024, o partido União se posicionará como oposição ao governo de Lula em nove das dez maiores capitais do Brasil. O caso mais emblemático é o de São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil. O União apresentará seu próprio candidato, o deputado federal Kim Kataguiri. Kataguiri integrará o grupo de candidatos que se opõem a Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio público de Lula.