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Mãe solteira presa no 8/1 tem conta bloqueada por Moraes; mulher recebia bolsa família

Desempregada, mulher cuida de um menino de 12 anos, usa tornozeleira eletrônica e vive de favor na casa de um conhecido

Quando finalizou uma viagem de Uber, Rieny Teixeira, de 33 anos, foi informada pelo condutor que o pagamento não havia sido aprovado.

Assim, a dona de casa solicitou para desembarcar na agência mais próxima da Caixa Econômica Federal a fim de descobrir o que havia acontecido.

O segredo foi revelado por um atendente: a mulher teve sua conta social bloqueada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), devido à suposta financiamento de um ônibus que transportou manifestantes a Brasília, no dia 8 de janeiro.

Rieny, uma mãe solteira, só podia sustentar seu filho de 12 anos com o dinheiro do “Bolsa Família”, do “Auxílio Gás” e de algumas doações. No entanto, no ano passado, o ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou que o dinheiro dela fosse bloqueado em outros bancos. Esse era o único recurso que ela tinha.

Hoje em dia, ela reside sem custos na residência de um conhecido, localizada em Campinas (SP). A casa, em estado precário, possui apenas um quarto com banheiro.

O filho de Rieny, de 12 anos, depende financeiramente da mãe | Foto: Divulgação/Rieny Munhoz

Inquérito investiga Rieny, mãe solteira presa no 8 de janeiro

Rieny está sob investigação em um dos processos do STF, no entanto, o caso é confidencial e a defesa não tem acesso aos documentos.

Atualmente, não existe uma acusação oficial contra a mulher. No entanto, a dona de casa ficou detida por 37 dias e, após obter liberdade condicional, agora precisa seguir medidas restritivas, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica.

“Ela está passando necessidades”, disse a advogada Valquíria Durães a  Revista Oeste, responsável pelo caso de Rieny. “Vive com a ajuda da família.”

Rieny, uma ativista de direita, esteve presente em 8 de janeiro. No entanto, sua participação foi limitada ao Quartel-General do Exército e a uma parte da Praça dos Três Poderes, onde ela ajudou uma amiga que estava fugindo das bombas de gás.

Rieny afirmou que o nome dela estava em uma lista de aluguel de transporte para um protesto. No entanto, ela insistiu que não teria fundos suficientes para tal.

As informações são da Revista Oeste

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