Notícias

Pimenta diz que extrema-direita se aproveita da tragédia e nega “politização”

Ministro Paulo Pimenta defende sua indicação e nega politização da crise no Rio Grande do Sul

Em uma entrevista publicada pelo Valor Econômico neste domingo (19), o ministro Paulo Pimenta, que atua na Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, refutou críticas relacionadas à sua nomeação para o “novo ministério” do governo Lula. Ele também negou qualquer “politização” atribuída à crise no estado gaúcho.

Pimenta atribuiu as críticas aos “grupos da extrema-direita radical”, afirmando que muitos “desconhecem a relação de respeito e parceria” que ele mantém com o governo do Rio Grande do Sul. Ele confirmou que apoiou o atual governador, Eduardo Leite (PSDB), nas urnas e supôs que Leite, por sua vez, provavelmente apoiou o presidente Lula na última eleição.

“Isso mostra que nós temos muitas convergências e visões semelhantes, mesmo em partidos diferentes com visões divergentes em outros temas. Mas isso não impede uma relação de respeito e civilidade institucional que caracteriza a vida pública do RS, com exceção de pequenos grupos da extrema-direita radical, declarou sobre a relação com Leite.

Quando perguntado sobre o plano para “combater as fake news” nas plataformas online, Pimenta atribuiu à extrema direita a responsabilidade de reagir a uma tragédia com uma “avalanche de fake news e de postagens criminosas”.

“A extrema-direita, nas tragédias e nas pandemias, busca um terreno fértil para a disseminação da discórdia, do ódio, da desinformação, da mentira, muitas vezes atuando de forma criminosa, porque ela precisa fazer com que a eficiência da política e do Estado seja colocada à prova”, declarou. E ele ainda acrescentou que espera “que os órgãos de controle identifiquem os criminosos e os responsabilizem de forma exemplar para coibir essa ação”.

O titular da pasta do PT também refutou todas as tentativas de se proteger das alegações da oposição, que tem atacado a instauração de um inquérito sobre notícias falsas e a instituição de uma entidade com natureza mais técnica para o manejo de desastres. “Qualquer iniciativa que a gente propuser, a oposição vai querer apresentar alguma coisa diferente da estratégia que nós estamos utilizando”, disse.

“Todos aqueles que insistem no negacionismo, que agem de forma deliberada para prejudicar os trabalhos de recuperação do Estado, perdem credibilidade e são tratados como quinta-coluna [traidores]. Se, de fato, estamos vivendo uma situação de guerra, como falam, eles são traidores. E os quinta-coluna perdem crédito, respeito público, credibilidade. E é isso que está acontecendo”, acrescentou Pimenta.

As informações são da Gazeta do Povo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo