O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, expressou sua insatisfação com a reportagem das colunistas Carolina Brígido e Carla Araújo, em uma nota enviada ao UOL. A reportagem discutida tratava da estratégia adotada pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo informações fornecidas pela própria UOL.
A reportagem intitulada ‘Defesa matou chance de Bolsonaro concorrer em 2026, dizem ministros do TSE’ foi classificada como falsa por Moraes. De acordo com ele, a jornalista criou fatos e versões sob a alegação de confidencialidade da fonte. Contudo, a declaração não detalha qual informação é vista como errônea.
Mesmo diante das críticas de Moraes, o UOL sustenta a autenticidade da reportagem, que foi investigada junto a ministros membros do tribunal eleitoral.
Moraes também manifestou insatisfação com o conteúdo escrito pelo colunista do UOL, Wálter Maierovictch. Segundo Maierovictch, os ministros do TSE que contribuíram para a matéria se comportaram de forma antiética e foram responsáveis por fofocas.
Moraes expressou seu desapontamento pelo fato de Maierovictch, um jurista de renome, ter propagado o conteúdo de sua coluna sem averiguar a autenticidade dos dados, o que resultou em uma coluna fundamentada em informações supostamente falsas.
Moraes destacou a relevância da “imprensa livre” como um alicerce democrático, no entanto, equiparou a reportagem a uma notícia inverídica. Ele manifestou inquietação com a disseminação de notícias falsas em meios de comunicação de alta visibilidade, como o UOL, e ressaltou a urgência de uma imprensa robusta, ciente e responsável.
A defesa não tem mais a opção de recorrer à condenação no TSE. Eles optaram por recorrer imediatamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), tornando impossível questionar as condenações perante o TSE.
No STF, as chances de Bolsonaro são menores, pois a decisão seria tomada pelo colegiado, onde o ex-presidente tem o apoio da minoria.