O desembargador Mário Guimarães Neto, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, teve todas as provas contra si anuladas. A decisão foi do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, e referem-se às provas obtidas a partir da Lava Jato do Rio.
Acusações de corrupção, lavagem e evasão de divisas são feitas contra Mário Guimarães Neto, devido a supostos recebimentos de propina do setor de transportes do Rio.
De acordo com a acusação da Procuradoria-Geral da República, baseada na delação premiada de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor, R$ 6 milhões de propina foram pagos em dinheiro vivo para assegurar decisões judiciais que beneficiassem os interesses de empresários de ônibus.
Desde 2020, o magistrado é réu em um processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação penal já alcançou a fase de “alegações finais”.
No ano em questão, a ministra Isabel Gallotti, relatora do caso no STJ, declarou que as evidências fornecidas pelo Ministério Público Federal indicam a “presença de elementos mínimos probatórios” da autoria do delito. Além disso, a Corte decidiu estender o período de afastamento do desembargador Neto.
Além do magistrado, mais seis indivíduos foram acusados, contando com sua esposa, a advogada Gláucia Ioro de Araújo Guimarães, e o homem de negócios Jacob Barata Filho.