Biden autoriza Ucrânia a atacar Rússia com armas dos EUA
Os ucranianos agora podem usar armas antiaéreas dos norte-americanos para derrubar aviões russos
O presidente americano, Joe Biden, deu permissão para a Ucrânia atacar a Rússia com armamento dos EUA. Estas informações foram divulgadas pela CNN na sexta-feira, 31.
Contudo, a permissão é limitada a alvos perto da fronteira com a cidade ucraniana de Kharkiv, onde a Rússia tem realizado progressos notáveis.
“O presidente recentemente instruiu sua equipe a garantir que a Ucrânia seja capaz de usar as armas fornecidas pelos EUA para fins de contra-fogo em Kharkiv”, disse uma das autoridades dos EUA à CNN. “Isso ajuda a Ucrânia a revidar as forças russas que os atacam ou se preparam para atacá-los.”
Ucrânia pediu ajuda aos EUA
Nas semanas recentes, Kiev solicitou a Washington uma mudança em sua política devido ao progresso das forças do Kremlin. Atualmente, os depósitos de munições e os centros logísticos russos podem ser alvo de artilharia e foguetes fornecidos pelos Estados Unidos.
Contudo, a proibição do uso de mísseis de longo alcance, capazes de atingir alvos a 300 km de distância, continua sendo mantida pela administração Biden.
A Ucrânia tem a possibilidade de utilizar armas antiaéreas dos EUA para abater aeronaves russas no espaço aéreo tanto ucraniano quanto russo. No entanto, não está autorizada a atacar aeronaves enquanto estão em solo russo.
Também foi sinalizada uma mudança de posição por líderes europeus. Emmanuel Macron, o presidente da França, ressaltou que foi concedida autorização para que as armas francesas enviadas à Ucrânia atingissem bases na Rússia.
Macron, durante uma visita ao Schloss Meseberg na Alemanha, afirmou que “O solo ucraniano é atacado a partir de bases na Rússia”.
O líder alemão, Olaf Scholz, ecoou as observações de Macron. Ele declarou que a Ucrânia tem permissão para se defender. A única exigência é que Kiev cumpra as condições estipuladas pelos países que forneceram as armas e respeite o Direito Internacional.
Biden mudou de posição depois que a Ucrânia buscou ajuda
Embora as preocupações ainda persistam, os EUA alteraram sua postura após o governo da Ucrânia mencionar a necessidade de proteger Kharkiv.
No início de maio, Antony Blinken, Secretário de Estado dos Estados Unidos, fez uma visita à Ucrânia. Durante sua estadia, ele recebeu um pedido dos ucranianos para perseguir alvos na Rússia. Em resposta, o representante americano assegurou que seu país iria garantir que Kiev estivesse em “uma posição onde pudesse dissuadir e defender-se contra futuros ataques”.
As informações são da Revista Oeste