O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que nos últimos 11 anos em que tem ocupado um assento no Supremo em Brasília (DF), conseguiu se manter sem a necessidade de fazer troca de favores.
Barroso fez a declaração como parte de seu discurso na cerimônia de posse da nova diretoria da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), na quarta-feira (5).
“A democracia e a Justiça precisam de juízes independentes, de juízes corajosos, que não possam ser intimidados e que sejam imunes a retaliações […] O universo protege aqueles que se movem com bons propósitos, tanto que consegui sobreviver em Brasília nesses 11 anos sem fazer favor, diante de todo e qualquer caso eu paro e penso o que é certo”, afirmou Barroso.
Barroso, Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, ministros do STJ, Celina Leão, vice-governadora do DF, presidentes de TRFs, juízes e desembargadores também fizeram parte da solenidade.
Em outro trecho do discurso, Barroso disse que o judiciário “desempenha um papel de protagonismo” em um cenário de “epidemia de judicialização” no Brasil.
“Nesse cenário de judicialização, a Justiça Federal desempenha um papel de protagonismo […] Mesmo assim, no CNJ, com o apoio de todos os conselheiros, temos nos empenhado para aumentar a eficiência da Justiça”, disse.
O relatório “Justiça em Números” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mencionado por Barroso como evidência, foi publicado no mês anterior. Segundo o documento, em 2023, houve uma decisão final para 34,9 milhões de processos. Essa estatística indica um aumento de 6,9% em comparação com 2022.
As informações são da Gazeta do Povo
