Na quinta-feira 6, durante um estágio da “Lesa Pátria”, Alice dos Santos, 49 anos, foi presa pela Polícia Federal (PF) em relação ao evento de 8 de janeiro. Ela desempenhava o papel de chefe de passadoria em um ateliê na capital do país. Santos é mãe de três filhos e tem uma neta pequena.
A instrução dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi executada. Naquele momento, mais 48 indivíduos foram reincarcerados devido ao “receio de fuga”, seguindo a notícia do portal UOL que divulgou a existência de “foragidos” residindo na Argentina e Uruguai.
A brasiliense de Arniqueiras, condenada a 14 anos de prisão em 11 de março, sofre de epilepsia, depressão e ansiedade. Devido a essas condições, Alice precisa tomar medicamentos controlados. Com falta de recursos para cobrir suas próprias despesas e alimentação, ela depende do apoio financeiro dos familiares.
Sarah Lisboa, filha de Alice, afirmou à Revista Oeste que “Ela precisa de medicamentos para viver”. Ela explicou: “Entre quinta e sexta-feira, minha mãe esteve na PF. Levamos os remédios, lacrados e com as receitas, para facilitar. Imaginamos que esses medicamentos não chegaram até ela na transferência à Colmeia, no sábado.”
Sarah acredita que sua mãe sofreu uma convulsão enquanto estava presa. A suspeita surge devido ao fato de Alice não ter comparecido a um encontro por videoconferência com sua defesa nesta manhã, o qual tinha como objetivo discutir seu estado de saúde. Foi informado à advogada Juliana Nascimento que sua cliente estava no centro médico da Colmeia naquele instante.
Acórdão condenatório da presa pelo 8 de janeiro que tem epilepsia
Segundo a advogada, Alice foi presa antes da publicação do “acórdão condenatório”. Uma fase que é crucial para a defesa apresentar recursos.
Conforme Juliana, Alice estava obedecendo às medidas restritivas desde que obteve liberdade provisória, em março de 2023.
“Desde então, vinha cumprindo fielmente todas as medidas impostas, inclusive sempre comparecia ao Cime quando a tornozeleira apresentava qualquer problema”, relatou a defesa. “Tanto é que teve de trocar o aparelho algumas vezes.”
Alice, que foi detida no Senado em 8 de janeiro, argumentou que participou do protesto porque acreditava que seria pacífico. Ela foi libertada dois meses depois devido à sua condição de epilepsia.
As informações são da Revista Oeste