NotíciasPolítica

Girão rebate crítica de Pacheco à encenação do aborto: “Aqui é uma Casa da liberdade”

Senador convida contadora de histórias para performance contra assistolia fetal e enfrenta críticas por falta de contraponto em audiência

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) respondeu às objeções feitas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em relação à dramatização na discussão sobre a assistolia fetal, método de interrupção da gravidez legal após 20 semanas.

Girão solicitou uma audiência pública para discutir o assunto, que foi realizada no plenário do Senado nesta segunda-feira (17).

Uma contadora de histórias foi convidada pelo senador para realizar uma performance contra o método sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a interrupção de gestações.

“Não tem motivo nenhum [para crítica de Pacheco] porque aqui é uma Casa da liberdade. Quantas sessões presididas por Pacheco nós já presenciamos músicas e artistas. Ela expressou, através da livre manifestação artística, o que acontece na assistolia fetal. Não vejo motivo para essa polêmica”, afirmou Girão.

Nas redes sociais, Nyedja Gennari se identifica como “contadora de histórias, escritora, professora e arte-educadora”. Em cerca de cinco minutos, ela narrou um texto fictício sobre um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal.

“Essa história, embora trágica e dolorosa, é um chamado à reflexão para que todos compreendam a seriedade e as consequências do aborto”, disse ao final da performance.

O parlamentar declarou que a contadora esteve presente na sessão de maneira voluntária e não foi a primeira ocasião em que ela foi convidada para partilhar histórias com os parlamentares sobre o mesmo tópico.

“Ela sempre faz sessões conosco como voluntária. Ela é defensora da paz e da vida. Meu gabinete fez um convite e ajustamos o roteiro com ela. Eu participei disso. Não houve nenhum tipo de pagamento”, afirmou.

Girão informou que foram encaminhados convites a autoridades e especialistas que se opõem ao projeto de lei que classifica o aborto após a 22ª semana de gestação como um crime de homicídio.

“A ministra da Saúde foi a primeira convidada, mas ela ignorou e não mandou um representante”, afirmou o senador.

O Ministério da Saúde comunicou em nota que a ministra Nísia Trindade não comparecerá ao Senado, justificando a ausência por conflitos em sua agenda. As informações são da CNN.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo