O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não possui “medo de reitor”, ao contrastar sua administração com a do antigo presidente Jair Bolsonaro (PL) no que diz respeito à interação com os funcionários da educação. Durante um evento no Maranhão na última sexta-feira, dia 21, Lula realçou as políticas implementadas durante seu mandato e mencionou várias questões, incluindo a comunicação com os reitores.
“Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele? Nunca recebeu um reitor. Eu, em apenas um ano e sete meses, já convidei duas reuniões de todos os reitores do Brasil, das universidades e dos institutos federais, porque eu não tenho medo de reitor”, disse Lula.
Na sequência, o presidente fez uma referência ao seu dedo mínimo amputado e prosseguiu: “E esse dedo que falta não foram eles (os reitores) que morderam. Esse dedo eu perdi numa fábrica. E, portanto, eu quero ter uma relação, a mais democrática possível”.
A paralisação das universidades federais atingiu dois meses no passado dia 15, causando desgaste ao governo. O chefe de estado tem expressado reclamações e, recentemente, solicitou aos reitores que reconsiderem as razões para a continuação da greve.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em 10 de junho, Lula expressou que não compreende por que a greve “durar o que está durando”. Em resposta, ele anunciou investimentos em projetos de infraestrutura para instituições educacionais.
Na entrevista concedida à Rádio Verdinha, do Ceará, na quinta-feira, 20, Lula expressou que a mobilização dos funcionários da educação “prejudica os alunos”. Ele também assegurou que o governo tem respondido às solicitações de aumento salarial.
“Nós demos 9% antecipado no ano passado. Eu, às vezes, fico triste, porque ninguém agradeceu os 9%, e estão fazendo uma greve dizendo que é por 4,5%, e que nós não demos nada esse ano”, declarou, na ocasião.