Em uma reviravolta que preocupa os produtores de arroz, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ainda considera realizar um leilão para a importação de arroz. A medida visa conter a alta dos preços nos Estados do Norte e Nordeste, contradizendo declarações anteriores de que um novo leilão não era necessário.
Teixeira revelou ao jornal O Globo, na quarta-feira (10), que uma pesquisa do Cepea-Esalq indica que os preços do arroz têm subido desde março, antes das enchentes no Rio Grande do Sul. O governo alega que a alta persiste, mesmo após tentativas anteriores de controle dos preços através de leilões.
A ideia de um novo leilão surge após o cancelamento do anterior, em junho, que foi marcado por suspeitas de irregularidades e participação de empresas sem experiência. O governo promete ajustes rigorosos no próximo edital para evitar novos problemas. “Não poderá entrar nenhum aventureiro”, garantiu Teixeira.
Apesar das promessas de preços baixos pelos produtores, o governo mantém a política de estoques reguladores, retomada no terceiro mandato de Lula, para estabilizar a oferta e os preços do arroz. A medida é uma tentativa de controlar o mercado, mas enfrenta resistência e desconfiança dos produtores.