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Urgência de projeto que amplia número de deputados pode ser votada nesta segunda

Câmara pode votar urgência de projeto que aumenta número de deputados com base no Censo 2022.

Proposta prevê 14 novas vagas na Câmara dos Deputados com base no Censo de 2022

A urgência do Projeto de Lei Complementar 177/2023, que propõe o aumento do número de deputados federais com base no Censo Demográfico de 2022, poderá ser votada ainda nesta segunda-feira (6). A deliberação ocorre durante esforço concentrado convocado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O projeto visa ajustar a representatividade dos estados e do Distrito Federal na Câmara dos Deputados, considerando os dados atualizados do IBGE. Caso aprovado, o número total de parlamentares aumentará de 513 para 527, com a inclusão de 14 novas cadeiras.

Pressão do STF acelera tramitação

A proposta ganha urgência após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023, que determinou ao Congresso Nacional a edição de uma lei revisando a distribuição das cadeiras até 30 de junho de 2025. O ajuste deve considerar a população de cada unidade da federação, conforme o Censo 2022.

Hugo Motta utiliza essa exigência como base para acelerar a tramitação do projeto e evitar que o Congresso perca o prazo legal estipulado pela Suprema Corte.

Estados que perderiam ou ganhariam vagas sem aprovação

De acordo com projeção do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), se a nova regra não for aprovada, 14 estados seriam afetados:

Estados que perderiam vagas:

  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul
  • Piauí
  • Paraíba
  • Bahia
  • Pernambuco
  • Alagoas

Estados que ganhariam vagas:

  • Santa Catarina
  • Pará
  • Amazonas
  • Ceará
  • Goiás
  • Minas Gerais
  • Mato Grosso

O projeto visa evitar perdas políticas e financeiras para os estados que seriam prejudicados.

Impacto político e orçamentário

Segundo o texto, de autoria da deputada Dani Cunha (Republicanos-RJ), a distribuição da representatividade deve estar alinhada aos dados do Censo do IBGE:

“Toda a distribuição da representação dos Estados e do Distrito Federal está lastreada na apuração do censo feito pelo IBGE, sendo que o último realizado, o do ano de 2022, trouxe várias inconsistências que prejudicaram alguns estados e muitos municípios”, destaca a parlamentar.

“É importante também ter em mente que o censo determina o cálculo do repasse dos recursos distribuídos da União e participações em fundos constitucionais, sendo neste caso um risco de perda financeira relevante para alguns entes”, acrescenta Dani Cunha.

O projeto estabelece ainda que a nova composição das bancadas estaduais deverá ser publicada no ano anterior às eleições, com base em dados atualizados do IBGE.

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