O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estabeleceu um prazo de 48 horas para que a Polícia Federal se manifeste sobre o uso do celular de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão ocorre após a operadora Tim informar à Corte que os dados de geolocalização indicam que o celular de Martins estava no Brasil no dia 30 de dezembro de 2022, data em que Bolsonaro viajou para os Estados Unidos.
Filipe Martins está preso desde 8 de fevereiro deste ano, por ordem de Moraes, somando 153 dias de detenção. A prisão foi motivada pela suspeita de que Martins teria acompanhado Bolsonaro na viagem para os Estados Unidos no final de 2022. No entanto, a defesa de Martins tem apresentado provas substanciais de que ele não estava a bordo do avião presidencial que levou o ex-presidente a Orlando, na Flórida.
A Tim enviou ao STF dados de geolocalização que confirmam que o telefone de Martins esteve ligado no Brasil em 31 de dezembro de 2022, um dia após a suposta viagem. Com base nessa informação, Moraes deu cinco dias para que a defesa de Martins se manifeste após o recebimento dos dados pela PF, e para que a Procuradoria Geral da República (PGR) emita um parecer.
Em petição ao ministro, Filipe Martins autorizou a quebra de seu sigilo telemático para comprovar sua permanência no Brasil, contradizendo os argumentos da Polícia Federal.