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Lula diz que pode editar medida provisória ou projeto de lei com regime de urgência para regular redes sociais

Presidente Lula anuncia reunião com ministro da justiça para discutir regulamentação das redes sociais

Na terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que terá uma reunião nesta semana com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública. O encontro tem como objetivo decidir se o governo federal vai desenvolver uma proposta para a regulamentação das redes sociais.

“Possivelmente essa semana vou ter uma reunião com meu ministro da Justiça para a gente discutir um critério de discutir com o Congresso Nacional, se a gente retoma aquele projeto que estava, se a gente vai apresentar uma outra proposta, se o Congresso vai apresentar uma proposta. O dado concreto é que a gente não pode perder de vista a necessidade de fazer regulação”, afirmou o petista em entrevista à RECORD.

Durante a conversa, Lula recordou do projeto de lei que teve como relator o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), conhecido amplamente como ‘PL das Fake News’ e ‘PL da Censura’. Em abril do ano corrente, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, optou por descartar o relatório do deputado por considerá-lo bastante polêmico, anunciando a formação de um grupo de trabalho para elaborar um novo relatório.

Lula expressou sua falta de compreensão sobre por que o relatório de Silva não progrediu na Câmara. No entanto, ele reforçou que o Executivo tem a capacidade de elaborar uma medida provisória ou um projeto de lei com regime de urgência sobre o tema, a fim de acelerar a votação.

“Se for necessário o governo, poderá enviar uma proposta. Pode ser medida provisória ou pode ser projeto de lei. Aí você tem que discutir com o Congresso para saber qual é a melhor forma de tramitação, ou você faz uma medida provisória, ou você faz um projeto de lei com caráter de urgência urgentíssima, que é votado com muita rapidez também”, disse o petista.

“Mas eu acho que, para a gente construir da mesma forma que a gente conseguiu aprovar uma política tributária, depois de 40 anos — e a gente aprovou num Congresso teoricamente e ideologicamente adverso, a gente conseguiu aprovar, numa demonstração da importância do diálogo —, nós poderemos fazer, também, com a regulação do funcionamento dessas empresas”, completou Lula.

O presidente ainda destacou que o governo federal quer conversar com todos os atores envolvidos no assunto antes de concluir uma proposta. “É você fazer uma discussão com o Congresso. Com o presidente da Câmara, com o presidente do Senado, com os líderes dos partidos na Câmara e no Senado, com o governo, e construir uma proposta, ouvindo os empresários, ouvindo todo mundo. A gente não quer deixar ninguém fora. O que não pode é continuar do jeito que está”.

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