Segundo o governo Lula, o chamado “pente-fino dos benefícios”, um programa de revisão de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), provavelmente eliminará aproximadamente 680 mil pagamentos a partir de agosto.
De acordo com informações do governo, o propósito é lutar contra “fraudes” e “irregularidades” para disponibilizar mais espaço no Orçamento da União.
O INSS comunicou que as solicitações de extensão do benefício por incapacidade temporária, anteriormente conhecido como auxílio-doença, estão sendo encaminhadas para avaliação médica presencial.
“Antes, o segurado pedia prorrogação e era automática. Agora, aqueles que têm um afastamento com um CID (classificação internacional de doenças), que não comporte longos períodos, como, por exemplo, seis meses para uma fratura simples no dedo, esses segurados, ao ligarem para o 135 (central de atendimento do INSS), estão sendo encaminhados para a perícia presencial”, disse o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, à TV Globo.
Segundo o INSS, se o beneficiário apresentar inconsistências, ele terá um período de 30 dias para fornecer documentos pessoais, bem como laudos e exames médicos.
O pagamento também pode ser contestado por meio de recurso pelo beneficiário que tiver o mesmo cortado.
Na última semana, Fernando Haddad, o ministro da Economia, afirmou que medidas adicionais de redução de gastos foram autorizadas pelo presidente Lula (PT).
O ministro afirmou que é necessário um corte de R$ 25,9 bilhões no Orçamento, através de uma análise rigorosa para eliminar aqueles que estão recebendo benefícios sociais sem ter direito.
Na quinta-feira (18), Haddad teve uma reunião com o presidente do INSS e Carlos Lupi, o ministro da Previdência, para debater sobre os métodos de controle dos benefícios.
“Os investimentos necessários para checagem de cadastros e as providências necessárias para implementar o plano que o presidente autorizou divulgar na semana retrasada de conformação dos programas ao orçamento e às leis”, disse Haddad na ocasião.
As informações são da Gazeta do Povo