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Eleições na Venezuela: controlada pela ditadura, Justiça eleitoral diz que Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos

Eleições marcadas por fraudes; Maduro é reeleito para novo mandato de seis anos na Venezuela

No último domingo (28), o atual ditador venezuelano e membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Nicolás Maduro, foi reeleito para um mandato adicional de seis anos. Maduro, que está no poder desde 2013, recebeu 51,2% dos votos válidos com 80% das urnas contabilizadas até 1h15 (horário de Brasília) da segunda-feira (29). Sua posse está marcada para janeiro de 2025. Edmundo González Urrutia, o principal rival de Maduro e membro da Plataforma Unitária Democrática (PUD), alcançou 44% dos votos.

A continuidade do chavismo, movimento político iniciado pelo ex-ditador Hugo Chávez que governou a Venezuela de 1999 a 2013, é reafirmada com a reeleição fraudada de Maduro. Depois da morte de Chávez, Maduro se tornou o principal defensor da ideologia chavista, vista por seus apoiadores como um esforço para promover justiça social e equidade. Contudo, o chavismo é acusado pelos críticos de concentrar o poder e levar a Venezuela a uma séria crise econômica e humanitária, resultando na queda do PIB em 80% e na fuga de mais de 7 milhões de pessoas.

O pleito eleitoral de domingo foi caracterizado por intensa tensão, com os venezuelanos confrontados com a decisão entre a permanência do governo em vigor e as garantias de transformação propostas pela oposição. Aos 61 anos, Maduro aspirava a um terceiro mandato no contexto de uma grave crise econômica e humanitária.

A campanha política de Maduro foi repleta de controvérsias. O ditador impediu a candidatura de duas oponentes da oposição, María Corina Machado e Corina Yoris, ambas representantes da Plataforma Unitária Democrática. Além disso, em abril, recebeu críticas por publicar um boletim de voto com sua imagem e nome exibidos 13 vezes. Apesar de ter se comprometido a aceitar os resultados das eleições, Maduro também fez acusações contra González, alegando que ele estava planejando um golpe de Estado.

Edmundo González Urrutia, de 74 anos, principal adversário de Maduro, tem o apoio da carismática líder da oposição, María Corina Machado. Esta última foi impedida de se candidatar na eleição devido a uma exclusão política imposta pelo regime. Mesmo com a presença de mais oito candidatos, eles apresentaram uma performance marginal nas pesquisas.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), comandado por aliados do regime, divulgou que os 15.767 locais de votação estavam em operação das 6h00 até às 18h00, com aproximadamente 21 milhões de indivíduos habilitados para votar. A estimativa é que cerca de 17 milhões de votantes estivessem realmente no país para participar da eleição.

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