Em uma coletiva de imprensa na sexta-feira à noite, Marcel Moura, diretor de operações da Voepass,declarou que um piloto e um copiloto optaram por não voar para Ribeirão Preto (SP) após o acidente aéreo em Vinhedo (SP). O voo, que estava programado para decolar do município na tarde de sexta-feira, foi cancelado pouco tempo após a queda de uma aeronave da Voepass que resultou na morte de 62 pessoas.
Segundo Moura, os membros da equipe de voo da companhia aérea têm a opção de voar ou não neste sábado, 10, se não se sentirem à vontade. Mesmo com a recusa do piloto e do copiloto, uma nova equipe foi designada para o voo para Ribeirão Preto e até agora não houve atrasos nos voos.
Passageiros que tinham voos agendados pela Voepass, além dos tripulantes, resolveram não viajar após o acidente. “É uma sensação de alívio [voltar de carro]. Na hora que a empresa falou ‘a gente está mandando um carro para ir buscar vocês’, não importa a hora que eu vou chegar em casa hoje, mas é totalmente alívio”, contou Thalita Aparecida Silva, produtora de eventos, ao G1 Ribeirão e Franca.
Depois do acidente na sexta-feira pela manhã, um outro aviador da Voepass, que estava a caminho de Guarulhos (SP) – o mesmo destino do avião que sofreu o acidente em Vinhedo – relatou que observou a formação de gelo na janela lateral da cabine. Ele afirmou que, em seus 16 anos de carreira como piloto, nunca tinha presenciado algo similar.
“Estou me sentindo mal. Até chorei em casa aqui agora, lembrando que eu reportei para o controle. Fiz minha função, avisei o controle: ‘Ó, formação de gelo severo. Fica a informação, passa para os colegas’, expressou tristemente em uma entrevista para o jornal O Globo. Haviam 62 pessoas a bordo do avião, infelizmente, não houve sobreviventes.”
