Durante o segundo trimestre de 2025, aPetrobras teve o desempenho mais fraco entre as principais companhias petrolíferas e de gás globais, reportando uma perda de R$ 2,6 bilhões (US$ 344 milhões), de acordo com uma pesquisa do jornal Poder360.
A British Petroleum (BP) e a Petrobras também registraram prejuízos, no entanto, o da BP foi menor, chegando a US$ 129 milhões. Por outro lado, a Saudi Aramco se destacou com uma receita de US$ 116 bilhões e lucro de US$ 29 bilhões, seguida pela ExxonMobil e Shell, com lucros de US$ 9,2 bilhões e US$ 6,3 bilhões, respectivamente.
Somente a Aramco e a ExxonMobil viram um aumento nos seus lucros em relação ao primeiro trimestre de 2024. A depreciação do petróleo e a diminuição nas vendas de derivados foram apontadas como fatores para a diminuição dos lucros da Petrobras e de outras companhias.
O lucro da TotalEnergies diminuiu de US$ 5,4 bilhões para US$ 3,8 bilhões, e a Equinor experimentou uma queda de US$ 2,7 bilhões para US$ 1,9 bilhão.
A Petrobras teve que lidar com desafios internos, além de fatores globais. Seu prejuízo de US$ 344 milhões foi o mais alto em quase quatro anos. Contudo, houve um aumento de 7,4% na receita em comparação com o mesmo período de 2023, alcançando R$ 122 bilhões (US$ 23,4 bilhões), mesmo com a diminuição nas vendas de combustíveis.
Petrobras registra crescimento nas despesas operacionais
O aumento das despesas operacionais da Petrobras foi de 69,9% em um ano, chegando a um total de R$ 26,5 bilhões. A adição de R$ 19,8 bilhões em despesas se deu devido a um acordo para finalizar processos no Conselho Administrativo De Recursos Fiscais (Carf), que incluiu um pagamento inicial de R$ 3,57 bilhões em junho e seis parcelas mensais de R$ 1,38 bilhão de julho a dezembro.
Foram efetuados pagamentos no valor de R$ 6,65 bilhões por meio de depósitos judiciais e outros R$ 1,29 bilhão originou-se de créditos fiscais. Fernando Melgarejo, o diretor financeiro, salientou a variação cambial e a adesão à transação tributária como fatores que influenciaram o resultado contábil, sem, contudo, afetar o caixa da companhia. Excluindo esses fatores, a Petrobras teria obtido um lucro líquido de US$ 5,4 bilhões.
A presidente Magda Chambriard afirmou que a geração de caixa aumentou e o endividamento permaneceu controlado. Ela explicou que “eventos não recorrentes, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda e a volatilidade cambial, sem efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactaram a contabilidade interna, afetando também o resultado do trimestre”.
As informações são da Revista Oeste