
Nesta sexta-feira, 18, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insinuou em uma entrevista que a Polícia Federal (PF) pode ter “plantado” o pen drive encontrado no banheiro de sua casa em Brasília, no Distrito Federal.
O objeto foi confiscado junto com o telefone de Bolsonaro e US$ 14 mil. Segundo o ex-líder, o artefato apareceu após um dos agentes solicitar para usar o banheiro. Ele também afirmou que desconhecia a existência do dispositivo.
O Presidente Bolsonaro afirmou que o pen drive encontrado no banheiro não era dele.
Que alguém pediu para ir ao banheiro e voltou com o pen drive.
Isso é muito preocupante. pic.twitter.com/fZbkekXpve
— Bruno Porto (@ob_porto) July 18, 2025
“Uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apenas apontei onde era, e depois ela apareceu com esse pen drive na mão”, afirmou. “Não tenho ideia do que se trata. Se tivesse algo comprometedor, por que estaria ali à disposição? Não sou bandido.”
Bolsonaro afirmou que nunca utilizou um “pen drive” e que não possui um “laptop” em sua residência. Segundo o ex-chefe de estado, ele chegou a questionar sua esposa, Michelle, sobre a propriedade do objeto.
Bolsonaro desafia Moraes e afirma: ‘Não tem provas contra mim’
Em uma entrevista realizada nesta sexta-feira, Jair Bolsonaro, o ex-presidente, declarou que a investigação liderada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), não apresenta “provas concretas” para vinculá-lo à alegada tentativa de golpe de Estado em 2023.
De acordo com Bolsonaro, a investigação é “política”. “Não tem nada de concreto. Um golpe no domingo, sem Forças Armadas, sem armas?”, indagou.
Ele expressou críticas à Procuradoria-Geral da República (PGR), alegando que foi adicionado à investigação, apesar de não ter sido diretamente visado pela Polícia Federal. O ex-chefe de Estado manifestou insatisfação com as restrições cautelares estabelecidas pelo STF, como a obrigatoriedade de usar tornozeleira eletrônica e a restrição de visitar embaixadas.
“Eu nunca pensei em sair do Brasil, nunca pedi asilo, nunca pensei em ir para uma embaixada”, afirmou o ex-presidente. “Estou com 70 anos, sou ex-presidente da República. É uma humilhação.”
Bolsonaro enfatizou que não existem provas concretas contra ele, apenas suposições. De acordo com o ex-presidente, acusações criminais requerem evidências sólidas, algo que ele acredita não existir em seu caso. Ele também contrastou seu comportamento com o de Lula, destacando que o atual presidente chegou a “conversar com um marginal no Morro do Alemão”, uma ação que ele próprio jamais realizaria.
A operação da Polícia Federal
Nesta sexta-feira pela manhã, houve uma operação contra Bolsonaro. Alexandre de Moraes, o ministro, além das apreensões, impôs uma sequência de ordens ao ex-chefe de Estado.
Bolsonaro, agora com uma tornozeleira eletrônica, estará sob monitoramento 24 horas por dia. O ex-presidente também recebeu proibições para usar redes sociais e se comunicar com seu filho, Eduardo, que se afastou de seu cargo como deputado federal e atualmente se encontra nos EUA.
O ex-presidente tem autorização para falar com seus outros filhos, de acordo com a apuração da emissora CNN.
Bolsonaro estará sujeito a um recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, além de também nos finais de semana. Ele também não terá permissão para se comunicar com representantes de governos estrangeiros, se aproximar de embaixadas, ou se distanciar do perímetro estabelecido pelo STF.
As informações são da Revista Oeste