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Lula ataca Bolsonaro por condução da pandemia da Covid-19 e “negacionismo” de vacinas

Lula critica Bolsonaro por “descaso” na pandemia e atribui metade das mortes por Covid-19 ao ex-presidente

Nesta sexta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou novamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela gestão das políticas governamentais durante a pandemia da Covid-19. Lula afirmou que o “descaso” de Bolsonaro resultou na morte de pelo menos metade das 700 mil pessoas que foram vítimas da doença.

Durante a cerimônia de inauguração de uma fábrica de medicamentos em Hortolândia (SP), pertencente a um grupo empresarial que se encontrou com ele para a elaboração de políticas públicas focadas na saúde, ocorreram os ataques.

Ainda durante a cerimônia, Lula também atacou o que classificou como negacionismo” de vacinas “jamais visto na historia do país”.

O ataque à condução da pandemia da Covid-19 pelo governo Bolsonaro ocorreu no momento em que Lula elogiava os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) por terem evitado que a quantidade de mortes passasse de 1 milhão, mesmo – na visão dele – o sistema ter sido atacado pela mídia e pelo setor privado “há alguns anos”.

“Porque o governo não sabia como tratar [a pandemia]. Não é que um presidente deveria entender de pandemia, deveria entender de bom senso [convidando quem sabe e montando um gabinete de crise]. Não vamos ficar brigando de inventar remédio, de produzir o que não sabe, de envolver as Forças Armadas para produzir remédio que não seria pra nada”, disparou.

Ele ainda questou “quantas pessoas morreram tomando remédios imprestáveis” e disse que a história é quem vai julgar o que foi feito na época.

Lula também lançou críticas aos ministros da Saúde selecionados por Bolsonaro para liderar as ações, questionando a “qualidade” deles. Entre esses ministros está o general Eduardo Pazuello, sobre quem Lula afirmou que “era visível quando falava na televisão que não entendia o que tava falando”.

“Negacionismo” de vacinas

Em outro momento, o presidente também disparou contra o “negacionismo” com as vacinas, afirmando que nunca imaginou que viveria num país “até o dia que conhecesse alguém dizer que não é bom tomar vacina”.

“Em que algumas pessoas ousaram dizer que a vacina faria as pessoas virarem jacaré, virarem gay, virarem qualquer coisa menos dizer a verdade que a vacina poderia evitar que muitas doenças continuassem prevalecendo no Brasil”, pontuou

Lula reiterou uma crítica que se tornou frequente em muitos de seus discursos, alegando que nenhum líder de outros países estava interessado em visitar ou estabelecer relações com o Brasil. Ele afirmou ainda que já estabeleceu mais contatos com chefes de Estado e blocos econômicos do que os governos anteriores.

Também ressaltou a relação republicana que estabeleceu com os 27 governadores do país independente de serem governistas ou oposição, e que a economia vive um “bom momento” com índices de desemprego e crescimento da massa salarial cada vez melhores.

A fábrica visitada nesta manhã, diz Lula, tem capacidade para produzir componentes farmacêuticos suficientes em condições suficientes para “competir com o mundo sem complexo de vira-lata”. A planta é votlada para a comercialização de moléculas de liraglutida e semaglutida, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes.

Segundo informou o governo, o grupo empresarial EMS investiu R$ 70 milhões no projeto, sendo R$ 48 milhões financiados pelo Banco Nacional de Investimento Econômico e Social (BNDES). A empresa informou que serão gerados 150 novos empregos e cerca de outros mil trabalhadores de forma indireta.

“A estrutura no interior paulista reforça o esforço do Governo Federal no fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), um dos setores estratégicos no processo de reindustrialização do país. O Governo Federal prevê investir R$ 57,4 bilhões no CEIS, entre recursos do poder público e da iniciativa privada, até 2026, com o objetivo de expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros”, completou o governo em nota.

As informações são da Gazeta do Povo

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