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Disputa à Prefeitura de São Paulo pode ter segundo turno sem candidato de esquerda, aponta pesquisa

Eleição para Prefeitura de São Paulo pode ter segundo turno sem candidato de esquerda pela primeira vez desde a redemocratização

A disputa pela liderança da Prefeitura de São Paulo pode avançar para um segundo turno eleitoral sem a inclusão de um candidato de esquerda, conforme indicado pela pesquisa mais recente da Quaest, divulgada na quarta-feira (11). Se isso acontecer, será inédito desde a redemocratização: uma eleição na capital paulista prosseguindo para a etapa final sem um representante do movimento progressista.

Desde 1988, à exceção de 2016, ano em que João Doria (PSDB) venceu no primeiro turno, sempre houve presença de candidatos de esquerda na fase final da eleição municipal. No entanto, o cenário atual indica que essa sequência pode ser interrompida.

Crescimento de Nunes e Marçal na liderança

O levantamento divulgado na quarta-feira valida a ascensão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e do influenciador Pablo Marçal (PRTB). Ambos estão tecnicamente empatados com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que liderava as intenções de voto até então. Marçal, sem tempo de TV, surpreendeu ao ganhar popularidade nas redes sociais, superando Boulos em termos absolutos.

Por outro lado, Nunes tem se aproveitado do tempo gasto na “propaganda eleitoral gratuita” no rádio e na TV, controlando mais de seis dos dez minutos atribuídos aos candidatos. Ele observou um aumento em sua popularidade desde o começo da campanha eleitoral.

Marçal lidera em pesquisa espontânea

No modelo de pesquisa espontânea — onde os nomes dos candidatos não são fornecidos aos entrevistados — Marçal emergiu na liderança pela primeira vez, ostentando 15% das intenções de voto. Há duas semanas, o influenciador estava com 10%, enquanto Boulos, que estava no topo da pesquisa desde junho, variou de 12% para 14%. A pesquisa tem uma margem de erro de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

O levantamento espontâneo mostrou um crescimento de Nunes, que subiu de 8% para 13% nas últimas semanas.

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