A líder da oposição, María Corina Machado, garantiu que Edmundo González Urrutia é o verdadeiro presidente eleito da Venezuela e que a oposição obteve 70% dos votos nas eleições realizadas neste domingo.
“Vencemos e todos sabem disso”, disse Machado em entrevista coletiva. “Queremos dizer a toda a Venezuela e ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia (…). González Urrutia obteve 70% dos votos e Nicolás Maduro 30%. “Esta é a verdade”, afirmou ela.
“Queremos dizer a todos os venezuelanos que a Venezuela tem um novo presidente e é Edmundo González Urrutia . Vencemos e todos sabem disso”, afirmou a dirigente tendo ao seu lado o candidato da aliança da oposição.
Machado destacou que a comunidade internacional sabe o que aconteceu neste domingo na Venezuela. “Todos nós sabemos o que já aconteceu . ” Ele apelou aos membros das assembleias de voto de todo o país para permanecerem nos centros de votação e obterem os cartões de eleitor.
O presidente do partido Vente Venezuela disse que “ isto não é mais uma fraude. Isto é ignorar e violar a soberania popular”.
Por seu lado, o candidato da oposição denunciou que “todas as regras” do processo foram violadas e enviou uma mensagem na qual confirmou que continuarão a defender os verdadeiros resultados.
“Os venezuelanos e o mundo inteiro sabem o que aconteceu hoje no dia das eleições, todas as regras foram violadas aqui, a tal ponto que a maior parte das atas ainda não foram entregues”, disse o ex-embaixador, que esteve junto com o antichavista líder.
O Conselho Eleitoral da Venezuela declarou Nicolás Maduro vencedor nas eleições presidenciais deste domingo com 51% dos votos. Após a divulgação do primeiro boletim das eleições, líderes da comunidade internacional manifestaram a sua preocupação com a fraude ocorrida no país.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken , exigiu uma recontagem “justa e transparente” dos votos. Num comunicado, o Departamento de Estado afirmou que “é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Apelamos às autoridades eleitorais para que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir transparência e responsabilização .”
Uma das mensagens mais contundentes foi a do presidente chileno Gabriel Boric : “Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”.
O chefe de Estado chileno referiu-se aos dados divulgados pela CNE – entidade controlada pelo chavismo – que surpreendeu o mundo ao nomear o ditador venezuelano como o vencedor “irreversível”. “O regime de Maduro deve compreender que os resultados que publica são difíceis de acreditar”, acrescentou o presidente.
No mesmo tom, acrescentou: “A comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo prestem contas da veracidade dos resultados. Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”.
