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Israel fecha escritório da Al Jazeera na Cisjordânia

Indícios mostram ligação da emissora com terroristas

Militares do Exército de Israel visitaram o escritório da Al Jazeera em Ramallah, na Cisjordânia, na noite de sábado, 21. No local, eles entregaram uma ordem para o encerramento das atividades da sucursal da empresa.

A rede de televisão, localizada no Catar, exibiu em tempo real a cena em que “soldados israelenses fortemente armados invadiram a sucursal” e apresentaram a ordem de encerramento de 45 dias para o chefe do escritório, Walid al-Omari. As filmagens foram mostradas durante a operação.

A ação militar foi confirmada por Tel-Aviv. Shlomo Karhi, o ministro das Comunicações de Israel, anunciou em uma declaração que a emissora foi fechada por funcionar como porta-voz do Hamas em Gaza e do Hezbollah no Líbano. Ele disse à agência de notícias Reuters: “Continuaremos a lutar nos canais inimigos e a garantir a segurança dos nossos heroicos combatentes”, disse à agência de notícias Reuters.

Os militares de Israel instruíram todos os empregados do turno noturno a evacuar o local, permitindo-lhes levar apenas seus objetos pessoais. Segundo a Al Jazeera, essa instrução foi prontamente obedecida.

Os soldados entregaram uma ordem de fechamento que acusa a emissora de incentivar e apoiar o “terrorismo”, conforme consta no documento entregue a Omari, de acordo com as informações divulgadas pelo canal.

Exército de Israel confisca equipamentos

Na operação, alega-se que as forças militares de Israel teriam apreendido e danificado vários equipamentos da filial, incluindo “câmeras de filmagem” e dispositivos de transmissão. Um cartaz da jornalista Shireen Abu Akleh, que faleceu em uma operação israelense em 2022, também foi destruído.

A Al Jazeera alega que a ação israelense desrespeita os limites territoriais palestinos. “A ordem veio do Exército israelense, apesar de a sucursal estar na Área A, sob controle palestino segundo os Acordos de Oslo, onde fica Ramallah e onde a Autoridade Palestiniana tem a sua sede”, alegou a emissora, em nota. “Independentemente da jurisdição, Israel tem agido impunemente em toda a Cisjordânia ocupada.”

No domingo, a Al Jazeera reportou que seu escritório em Ramallah está bloqueado, com duas imensas chapas de metal soldadas na entrada. Isso resultou no isolamento do local para o time.

A Al Jazeera tem enfrentado críticas da comunidade internacional desde o início do conflito em Gaza. Alega-se que jornalistas do canal estão envolvidos com terroristas do Hamas responsáveis pelos ataques planejados de 7 de outubro. Em maio, foi anunciado por Israel o encerramento das operações do canal catari no país.

As informações são da Revista Oeste

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