
Mais de uma semana após o ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinar uma investigação “com urgência” sobre o prejuízo de R$ 14 bilhões registrado em 2024 pela Previ – o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil –, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece em silêncio sobre o caso.
A investigação, que mira a gestão do fundo comandado por um sindicalista indicado pelo governo Lula, provocou forte mobilização da oposição no Congresso. Parlamentares chegaram a pedir, no plenário, a demissão de João Luiz Fukunaga, atual presidente da Previ.
Histórico de Uso Político de Fundos de Pensão
O silêncio de Lula aumentou as suspeitas sobre os planos do governo para o fundo de pensão. Recentemente, o presidente se reuniu com João Luiz Fukunaga no Palácio do Planalto, sinalizando a intenção de usar recursos da Previ para financiar projetos de infraestrutura do governo federal.
Esse modelo já foi empregado por gestões petistas anteriores, com desastrosas consequências. Durante os governos do PT, bilhões de reais de fundos de trabalhadores foram direcionados para projetos como o da indústria naval, que posteriormente foi envolvida no esquema de corrupção da Petrobras. Após o colapso do setor, os prejuízos recairam sobre os trabalhadores, que enfrentaram descontos em seus salários para cobrir o rombo.
Agora, o TCU busca evitar que esse mesmo cenário se repita, segundo o ministro Walton Alencar.
Oposição Pressiona e Questiona Silêncio de Lula
A revelação das perdas bilionárias gerou grande mobilização no Congresso. Parlamentares da oposição subiram à tribuna para criticar a gestão política do fundo e exigir mudanças. O prejuízo levantou preocupações sobre os impactos futuros para os trabalhadores do Banco do Brasil, que têm parte de sua renda diretamente ligada à Previ.
Estratégia do Governo Sob Investigação
A tentativa de usar os recursos da Previ para projetos de infraestrutura tem sido criticada como um risco para as economias de milhares de trabalhadores brasileiros. Os críticos apontam que, ao repetir a estratégia de gestões anteriores, o governo corre o risco de reproduzir erros do passado, colocando os fundos de pensão sob vulnerabilidade financeira.
Enquanto isso, Lula segue evitando comentar o caso publicamente, mesmo após a repercussão da decisão do TCU.