Durante o último debate antes das eleições municipais, na noite de quinta-feira, 3, Pablo Marçal (PRTB) introduziu a “ideologia política” em uma de suas perguntas para José Luiz Datena (PSDB). O candidato à Prefeitura de São Paulo se posicionou como o único representante da direita.
De acordo com o empresário, Guilherme Boulos (PSOL) é “extrema esquerda” pintado de centro pelos marqueteiros, e questionou ao Datena se o “extremismo da extrema esquerda” pode governar a capital paulista.
“De jeito nenhum. O que está nos extremos, Pablo Marçal, é horrível. Há gente boa na esquerda e há gente boa na direita”, diz Datena ao declarar que não é contra a esquerda que Lula (PT) defende e nem a direita de Bolsonaro (PL).
“O comunismo de extrema esquerda do [Josef] Stalin, do [Leon] Trótski. O Stalin matou 70 milhões de pessoas. Por outro lado, na extrema direita, eu continuo insistindo: o fascismo do [Adolf] Hittler, do [Benito] Mussolini, e coisas que tais, matou numa 2ª Guerra Mundial 6 milhões de judeus e 50 milhões de pessoas. O que está no extremo não é bom.”
Em seguida, Marçal concorda com o apresentador da Band e acusa Boulos de “destruir o hino nacional”, lembrando o episódio em que o hino foi cantado em linguagem neutra durante um evento do candidato do PSOL.
Quanto ao atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o empresário declarou que seu “secretariado é de esquerda” e destacou que Marta Suplicy (PT), ex-secretária do prefeito, se tornou vice de Boulos.
“O extremismo não pode governar São Paulo. São Paulo é uma cidade conservadora, eu sou cristão”, finalizou.