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Estadão: ‘Governo Lula é surdo e cego ao fato de a economia estar insustentável’

Em setembro, o Copom elevou a Selic para 10,75%. As expectativas do mercado sofreram alterações, no entanto, a Fazenda apresenta uma “surdez diante de estrondos”

No editorial divulgado nesta terça-feira, 8, O Estado de S. Paulo expressou críticas ao governo Lula por “fechar olhos e ouvidos para os sinais de sobreaquecimento da economia brasileira”. No cabeçalho do editorial, os juros são considerados como “uma grande incógnita”.

“O aperto monetário promovido pelo Banco Central (BC), que tanto desagrada ao governo Lula da Silva, tem sido recebido com certa naturalidade pelo mercado como um instrumento de contenção da inflação diante de uma política fiscal mais frouxa do que o necessário”, escreve o Estadão.

Até o mês de agosto, indicadores de mercado apontavam para uma estabilidade na “taxa Selic” de 10,50% ao ano. Segundo as previsões, essa porcentagem deveria se manter igual até março do próximo ano.

Contudo, em setembro, o aumento da Selic para 10,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC fez as previsões do mercado se alterarem. Face à nova elevação, as expectativas dos bancos foram recalibradas: 11,75% no término do ano e 12% nos primeiros meses de 2025.

Ainda existe um segmento do mercado que argumenta que, devido à combinação de uma “política expansionista do governo” e uma economia superaquecida, as taxas de juros podem atingir 13%. Tal medida seria essencial para assegurar a meta de inflação projetada de 3%.

Mais críticas do Estadão sobre política do governo Lula

O Estadão fez uma análise sobre uma entrevista recente com Guilherme Mello, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, para o blog Conjuntura Econômica, na qual mencionou a “cegueira e surdez” do governo Lula.

Durante a entrevista, Mello declarou que a estimativa de impulso fiscal neutro para 2024, “talvez não se confirme”. Segundo ele, isso pode ser uma consequência da assistência de R$ 25 bilhões destinada ao Rio Grande do Sul. Ele também mencionou que essa possível falha poderia ser devida a “fatores exógenos”, como a taxa de câmbio e o “efeito climático” nos preços dos alimentos e da energia.

“É o tipo de visão que demonstra que o governo não está apenas surdo, mas também cego ao fato de a economia brasileira estar girando, de forma insustentável, acima de seu potencial”, conclui o Estadão.

 As informações são da Revista Oeste

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