NotíciasPolítica

Barroso justifica as ações do STF em entrevista ao NYT

Juiz declarou que os ataques do Tribunal combatem “ameaças ao sistema democrático no Brasil e no mundo”

Na quarta-feira 16, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, em entrevista ao The New York Times, defendeu as ações da Corte. Ele alegou que a atuação do STF é em defesa da democracia.

De acordo com Barroso, as “ameaças ao sistema democrático no Brasil e no mundo” justificam a postura ativa do tribunal.

Ao ser questionado pelo jornalista Jack Nicas acerca do impacto na democracia, foram citados episódios de suposta intimidação, incluindo desfiles de tanques e “ameaças” atribuídas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Tivemos um desfile de tanques de guerra aqui em frente ao Supremo Tribunal para intimidar o tribunal”, disse Barroso, em entrevista. “Tivemos um pedido do ex-presidente da República para que caças fizessem voos rasantes aqui sobre o Supremo Tribunal para quebrar as janelas. Enfrentamos um presidente que, no dia da Independência do Brasil, atacou pessoalmente ministros do Supremo Tribunal e ameaçou não cumprir mais as decisões judiciais.” 

O ministro comentou que as críticas são, na sua maioria, “frequentemente provenientes” de seguidores de Bolsonaro. Segundo o presidente do STF, o político “posicionou o STF como inimigo” e mantém um rancor da Corte devido aos 49% de votos que recebeu no segundo turno.

Barroso fala sobre redes sociais

Barroso declarou que a Constituição brasileira difere da norte-americana no que diz respeito à remoção de conteúdos nas redes sociais.

O presidente do STF afirmou que o Brasil não aceita “discursos violentos”, semelhantes a algumas interpretações da Primeira Emenda dos EUA. Ele também destacou a importância de manter a “integridade pública” nas plataformas digitais.

Barroso rejeitou a ideia de que o bloqueio do Twitter/X foi motivado ideologicamente. Ele argumentou: “O que o X fez? Retirou seus representantes. Portanto, cometeu um ato ilegal e, assim, não pôde operar no Brasil”. Segundo o ministro, a ação foi tomada em conformidade com a lei.

As informações são da Revista Oeste

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo