Dez organizações do movimento negro remeteram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressando suas críticas à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A carta enfatiza preocupações sobre a gestão do ministério e condena o “apagamento da participação social” na elaboração da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
Os signatários incluem a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e a Coordenação Nacional de Entidades Negras, que são membros da Convergência Negra, originária da Bahia. Em relação ao caso, o ministério declarou que, em quase dois anos de atuação, conseguiu recuperar e estruturar políticas históricas com grande envolvimento da sociedade. As informações foram fornecidas pelo portal UOL.
Críticas do Movimento Negro à Atuação de Anielle Franco
O grupo Convergência Negra expressa insatisfação com a demora na expansão das cotas para a “5ª Conferência Nacional de Igualdade Racial”, que está programada para acontecer entre os dias 25 e 29 de julho de 2025, bem como para a atualização do Plano Nacional. Eles também apontam a falta de investimento em políticas voltadas para quilombolas e a inexistência de uma comunicação antirracista. O grupo solicita a formação de uma mesa tripartite para ajustar as políticas raciais.
O documento ainda relata as demissões de líderes do movimento negro, como Yuri Silva, ex-secretário do Sinapir, que foi demitido em 7 de outubro. A carta foi enviada ao vice-presidente Geraldo Alckmin e aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretária-geral da Presidência) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Ministério responde as Críticas e Destaca Suas Ações
A mudança na data da Conferência Nacional foi justificada pelo Ministério como parte da sua estruturação inicial e em cumprimento às regras eleitorais. O Ministério também anunciou que, após discussões com movimentos sociais, o “Plano de Comunicação Antirracista” será lançado em novembro. Em relação às demissões, a pasta declarou que a ministra tem a prerrogativa e que houve busca por diálogo.
O ministério ressaltou iniciativas envolvendo comunidades quilombolas, que incluíram a titulação de 65 territórios entre 2023 e 2024.
As informações são da Revista Oeste