Na manhã desta segunda-feira (28/10), um agente penitenciário foi atingido por tiros no caminho para o trabalho no Grajaú, uma região na zona sul da capital. Eduardo Camargo Junior foi alvo de três disparos nas costas.
O crime aconteceu na rua Paulo Guilguer Reimberg, aproximadamente às 6h. De acordo com o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional (Sifuspesp), Eduardo Camargo Junior não está em perigo de vida.
Eduardo trabalha na Penitenciária de Parelheiros, localizada na zona sul da capital, onde se acredita que um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi interceptado no dia 17 de setembro. O documento manuscrito solicitava que os prisioneiros coletassem endereços de agentes penitenciários para potenciais ataques.
Quando interrogada pelo Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o delito foi uma tentativa de latrocínio. O incidente foi documentado no 101º Distrito Policial.
A entidade sindical, que declara ter entrado em contato com a vítima, alega que ela teria sido alvejada por um indivíduo que não se identificou como ladrão. Uma pessoa do mesmo ambiente de trabalho a encontrou, que também estava a caminho do presídio.
O criminoso teria fugido levando a arma do agente penitenciário.
“Salve do PCC”
O bilhete confiscado na Prisão de Parelheiros prometia “represálias na rua” como reação “ao que estão fazendo” com o “irmão Marcola”.
“Tomaremos nossas providências […] deixando um papo para que dentro desses 30 dias determinamos os irmão faça acontecer [sic] e chegar em nossas mãos, aguardando esse levantamento como caráter de urgência”, diz o texto.
De acordo com o bilhete, os criminosos encarregados dos detentos em pavilhões ou alas devem comunicar com “caráter de urgência” se as instalações onde estão detidos possuem bloqueadores de sinal de celular, além de ter a capacidade de não deixar vestígios ou evidências da coordenação feita para possíveis ataques.