Durante uma coletiva de imprensa que ocorreu no Senado Federal na terça-feira (29), Jair Bolsonaro, o ex-presidente e membro do Partido Liberal (PL), expressou seus pensamentos sobre a situação política atual da direita no Brasil. Ele sustentou que um movimento que não incluísse sua participação seria uma “utopia”. A reunião aconteceu no escritório do líder do Partido Liberal (PL) e concentrou-se no debate sobre quem sucederá na Casa Alta em 2026.
Bolsonaro desafiou a capacidade de seus possíveis sucessores, afirmando: “Esses caras juntam quantas pessoas no aeroporto, num bate-papo em qualquer lugar do Brasil? Não sabem a linguagem do povo. É uma utopia. Todos que tentaram se arvorar como líder através de likes ou de lacrações nunca chegaram a lugar nenhum”.
Questionado sobre a tramitação do Projeto de Lei da Anistia, que busca anistiar os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, Bolsonaro desconsiderou a criação de uma Comissão Especial pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como um empecilho para o andamento da proposta no Legislativo. O projeto foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por Lira no mesmo dia.
Bolsonaro afirmou: “Não adianta se aprovar por 200 a 0, ou 500 a 0, na Comissão se o dono da pauta no plenário é o Arthur Lira. Ele não está impondo nada para mim e nem eu para ele”, sinalizando que continua em conversa com Lira, Caroline De Toni, a presidente da CCJ, e Rodrigo Valadares, o relator da proposta, ambos deputados representando PL-SC e União-SE, respectivamente.