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Governo Lula pede fim do embargo econômico imposto a ditadura de Cuba pelos EUA

Ministro das relações exteriores denuncia na ONU medida contra a ditadura da ilha

Na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, solicitou aos Estados Unidos que reconsiderassem o embargo econômico a ditadura de Cuba. Ele destacou que essas sanções estão prejudicando a recuperação da ilha após a passagem do furacão Oscar.

Vieira manifestou a inquietação do Brasil em relação à crise humanitária em Cuba, que se intensificou devido ao furacão, causador de seis óbitos e responsável por deixar a ilha sem energia elétrica por quatro dias. Ele ressaltou que as sanções agravam ainda mais a situação.

“É evidente que as severas sanções impostas injustificadamente a Cuba, tanto pelo embargo quanto por sua inclusão na lista de ‘Estados patrocinadores do terrorismo’, contribuíram ainda mais para exacerbar a situação”, disse Mauro Vieira. “Essas medidas, que já penalizam injustamente o povo cubano, agora impedem uma adequada resposta à crise humanitária gerada pelo furacão Oscar.”

O ministro afirmou que o embargo proíbe que companhias dos Estados Unidos e de outras partes do mundo façam negócios com Cuba, acentuando assim os seus problemas econômicos. Ele também se posicionou a favor da retirada de Cuba da lista de nações patrocinadoras do terrorismo elaborada pelos Estados Unidos. Esta solicitação surge no contexto das conversações na Cúpula do Brics a respeito de novos aliados, onde Cuba está inclusa.

O encontro de Mauro Vieira com o chanceler de Cuba

O Ministério das Relações Exteriores comunicou que houve uma reunião entre Vieira e o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, em Nova York. No encontro, eles abordaram o “embargo econômico” e questões relativas à “segurança global”, além de discutirem sobre a recente cúpula do Brics na Rússia.

A Fundação Perseu Abramo, associada ao PT, também expressou sua posição sobre a crise em Cuba. A fundação atribuiu à sanções dos Estados Unidos a responsabilidade pelos apagões na ilha, criticando a falta de combustível e a infraestrutura antiquada como fatores contribuintes.

O bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba, que está em vigor desde a década de 1990, restringe o comércio com o país, com exceção da ajuda humanitária. Em 2021, Donald Trump voltou a incluir Havana na lista de “países patrocinadores do terrorismo”, anulando uma decisão tomada por Barack Obama.

Os protestos foram provocados pela crise energética em Cuba. O ditador Miguel Díaz-Canel, em resposta, prometeu tomar ações severas contra a população, que se queixa dos apagões e da piora das condições de vida na ilha.

As informações são da Revista Oeste

 

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