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Haddad afirma que existe “uma forçação boba” em relação ao corte de gastos

Mercado financeiro pressiona equipe econômica por novas sinalizações de corte de despesas

Na última quarta-feira, 30, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a “forçação boba” em relação às propostas de redução de despesas, em resposta a perguntas de jornalistas sobre o assunto. Ele afirmou: “Está uma forçação boba. Não é assim que funciona”.

O ministro também declarou que “não teve nada” na reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) que ocorreu na quarta-feira. Anteriormente, Simone Tebet, a ministra do Planejamento, tinha sugerido que a pauta de despesas poderia ser debatida na referida reunião.

O mercado financeiro tem pressionado a equipe econômica para fornecer novos indicativos sobre as propostas de redução de despesas.

Na terça-feira, dia 29, Haddad declarou que não havia um prazo estabelecido para a apresentação das propostas, ocasionando a alta do dólar ao seu maior nível em três anos. No dia seguinte, quarta-feira 30, o dólar teve um pico de R$ 5,77 às 12h30, impulsionado pela expectativa de quais propostas seriam apresentadas para diminuir os gastos.

Segundo o “Projeções Broadcast”, a mediana do mercado indica um corte de R$ 25 bilhões nas despesas governamentais, no contexto das medidas de ajuste fiscal que o Ministério da Fazenda está atualmente debatendo.

Haddad não especificou proposta de corte de gastos

Na quarta-feira, em outra declaração, o ministro expressou que existe uma “convergência” no governo sobre a importância de cumprir as regras fiscais. Ele também mencionou que está em sintonia com a Casa Civil para apresentar um projeto ao Congresso. Ele somente adiantou que a intenção é submeter uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), porém o texto ainda não foi elaborado.

Dólar subiu R$ 1 desde a aprovação do arcabouço fiscal

Na terça-feira , dia 29, a cotação do dólar encerrou em R$ 5,76 — é o maior valor em três anos, precisamente R$ 1 acima dos R$ 4,76 registrados no dia em que o arcabouço fiscal foi aprovado pelo Senado, em 21 de junho de 2023.

Naquele momento, a Casa sob a liderança de Rodrigo Pacheco (PSD) realizou modificações no projeto e o enviou de volta à Câmara dos Deputados, onde foi aprovado. O chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou a lei no final de agosto de 2023, período em que a moeda americana estava próxima de R$ 4,90.

A partir de então, o governo Lula aparenta não se empenhar em atingir as metas fiscais do ano em questão. Inclusive, realizou mudanças nelas a partir de 2025.

O quadro fiscal estabeleceu normas para o aumento da despesa, contudo, a proposta era que os superávits de alguma maneira facilitassem uma antecipação da estabilização da “dívida pública”. Ainda assim, influências internas e externas têm auxiliado na valorização do “dólar” no Brasil.

As informações são da Revista Oeste

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