No contexto de um mercado financeiro cada vez mais tenso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou, na última sexta-feira (1º/11), uma publicação de 2022 feita por Simone Tebet, atual ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula, a respeito da valorização do dólar.
Em junho de 2022, a publicação destacava a então senadora mencionando o dólar a mais de R$ 5, comoargumento para afirmar que o governo Bolsonaro não proporcionava segurança jurídica para os investidores. Durante aquele ano, Tebet concorreu à Presidência da República representando o MDB, mas terminou a competição em terceiro lugar. No desfecho, no segundo turno, ela se posicionou a favor de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
A sessão de sexta-feira, a primeira do mês de novembro, iniciou com o dólar à vista em alta no Brasil. A “moeda norte-americana” atingiu a cotação de R$ 5,87, que foi o valor mais alto do dia.
“Tudo é relativo nesta democracia inabalável”, escreveu Bolsonaro.
– Dólar alcança R$ 5,83. Mas é tudo relativo nesta democracia inabalável. pic.twitter.com/2Z6hLngAX3
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 1, 2024
Alta da taxa de câmbio reflete preocupações do mercado financeiro com gastos públicos e inflação
Desde o começo da semana, a taxa de câmbio continua elevada. A ascensão se deve à ansiedade do mercado financeiro em relação à “demora” na divulgação das ações do governo federal para a revisão de despesas públicas, além do impacto de informações econômicas – o que poderia resultar em um cenário inflacionário no país.