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Trump vence e desestabiliza PT, causando tensão entre Haddad e Gleisi Hoffmann

Ministro defende austeridade fiscal, enquanto presidente do PT prioriza demandas sociais

A conquista eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos provocou novos desacordos entre a equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do seu partido, o PT. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Gleisi Hoffmann, presidente do partido, manifestaram perspectivas distintas acerca da política econômica que deveria ser implementada no Brasil após a alteração de poder nos EUA.

Na quarta-feira 6, Haddad comentou na Esplanada o resultado da eleição e afirmou que “o Brasil tem de cuidar economia para ser o menos afetado possível”.

O titular da pasta enfatizou a importância de salvaguardar a economia nacional e sustentou que o Brasil deve “cuidar da economia para ser o menos afetado possível” em face de situações internacionais. Ele é a favor de uma estratégia de austeridade fiscal, visando potencializar a economia em relação aos possíveis desafios que o triunfo de Trump pode originar.

Repercussão da vitória de Trump causa divisão sobre política econômica

Por outro lado, Gleisi Hoffmann argumenta que as necessidades da população não se encaixam em uma “agenda neoliberal”. Ela propõe respostas concretas às demandas populares, em vez de “seguir receitas de mercado”.

A resistência é refletida nessa divisão interna, particularmente entre os ministros de áreas sociais. Líderes dos departamentos de Saúde e Educação são contrários a reduções em setores fundamentais.

Medidas estruturais propostas por Haddad

A conquista eleitoral de Trump amplificou a discussão a respeito do rumo econômico que o governo de Lula deveria adotar, priorizando a reeleição em 2026. O grupo econômico de Haddad interpreta o desfecho das eleições americanas como um estímulo para a necessidade de propor ao Congresso ações estruturais para a contenção de gastos. Tais medidas têm como objetivo a estabilização da economia brasileira em um contexto mundial incerto.

Contudo, essa estratégia encara oposição interna. Ministros de setores sociais, tais como Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Carlos Lupi (Previdência Social), expressaram inquietação com o encolhimento de benefícios sociais. Eles têm tentado persuadir Lula sobre as potenciais consequências para a população.

Impactos do dólar e percepção pública

O triunfo de Trump também evidenciou receios a respeito do efeito de um dólar valorizado na inflação do Brasil. Tal situação poderia iniciar um ciclo prejudicial para a economia do país. Além disso, amplia a complexidade das escolhas que precisam ser feitas pelo governo Lula. As informações são da Folha de S.Paulo.

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