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Ministério da Saúde é alvo de denúncia no TCU por uso indevido de recursos públicos

Parlamentares do Partido Novo denunciam uso indevido de recursos públicos pelo Ministério da Saúde

Parlamentares do Partido Novo protocolaram uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) nesta segunda-feira (30), denunciando o uso indevido de recursos públicos pelo Ministério da Saúde durante o primeiro ano do terceiro governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os denunciantes, R$ 1,7 bilhão foram empregados de forma irregular em 2023, em ações que violam a legislação vigente.

Uso de Verbas e Acusações de Irregularidades

De acordo com o Novo, verbas do Programa de Trabalho, destinadas a procedimentos de média e alta complexidade, estão sendo reclassificadas como discricionárias, permitindo a aplicação dos recursos com base em critérios de oportunidade e conveniência.

“Infelizmente não é surpresa que o governo Lula recorra a artifícios obscuros para distribuir recursos públicos sem qualquer transparência, perpetuando a velha política do toma-lá-dá-cá”, afirmou a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP). “Esse tipo de prática está no DNA de todos os governos petistas.”

Os parlamentares listaram os Estados mais beneficiados:

  • Rio de Janeiro: R$ 414 milhões;
  • Rio Grande do Norte: R$ 105 milhões;
  • Maranhão: R$ 121 milhões.

A representação é assinada pelos deputados Adriana Ventura (Novo-SP)Gilson Marques (Novo-SC)Marcel van Hattem (Novo-RS)Ricardo Salles (Novo-SP) e pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Possíveis Violações à Lei

Os denunciantes afirmam que o Ministério da Saúde está violando a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei do Arcabouço Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. A denúncia aponta que o próprio Ministério admitiu, em resposta ao Requerimento de Informação nº 1.032/2024, que os recursos possuem “caráter discricionário”.

Adriana Ventura criticou a prática:

“É inadmissível que a saúde, uma prioridade absoluta para a população, seja transformada em moeda de troca política. Esse absurdo é alvo da nossa denúncia ao TCU, porque práticas assim não podem ser toleradas.”

Pedido ao TCU e Consequências

A representação solicita ao TCU a concessão de uma medida cautelar para suspender o uso discricionário dos recursos até que a Corte decida em definitivo sobre a legalidade da prática.

“O uso continuado desse ‘artifício’ pode gerar danos irreversíveis aos cofres públicos”, alertou Eduardo Girão. Ele também afirmou:

“A prática de simular como despesas obrigatórias gastos que na verdade são discricionários representa uma afronta às normas legais que garantem o controle e a transparência na gestão orçamentária.”

TCU deverá analisar os argumentos apresentados e decidir sobre a medida cautelar. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o tribunal poderá impor sanções administrativas aos responsáveis e determinar a restituição dos valores aplicados indevidamente.

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