Três dias depois da primeira-dama, Janja, ter insultado Elon Musk, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva firmou uma parceria com a SpaceSail, empresa chinesa que compete diretamente com a Starlink, para operações no Brasil. O acordo foi anunciado durante a visita de Xi Jinping ao país, por ocasião da Cúpula do G-20.
Visita estratégica e discussões com empresas chinesas
Em outubro, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, viajou à China com a intenção de explorar alternativas às empresas de Musk. Durante a visita, ele se reuniu com representantes da SpaceSail, sediada em Xangai, e da GalaxySpace, de Pequim, ambas interessadas em ampliar sua atuação no mercado brasileiro. A SpaceSail oferece internet de alta velocidade através de satélites de órbita baixa, tecnologia semelhante à da Starlink.
O objetivo da viagem também incluiu discussões sobre cooperação em telefonia e satélites, além de alinhar agendas para a próxima reunião dos Brics, bloco do qual o Brasil faz parte.
Relações comerciais e tensão com Musk
A assinatura do acordo com a SpaceSail é mais um passo na consolidação dos laços entre Brasil e China. Em 2023, Lula e Xi Jinping já haviam firmado mais de 20 acordos em áreas como agricultura e ciência. O ano de 2024 marca meio século de relações diplomáticas entre os dois países, com a China figurando como um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.
A relação entre Elon Musk e o governo Lula, no entanto, tem sido tensa. O presidente Lula, em evento da ONU, criticou Musk de forma indireta: “De repente, você tem um cidadão que se transformou no mais rico do mundo, que ousa desafiar as constituições dos países que não concordam com ele. Aonde vamos parar? Aonde a democracia vai se sustentar?”
Essas declarações fazem alusão aos atritos entre Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em agosto, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a suspensão temporária das atividades do Twitter/X no Brasil, intensificando as tensões com o empresário.
As informações são da Revista Oeste
