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Lula condecorou militar que agora está entre os indiciados pela PF

Coronel Fabrício Moreira Bastos recebeu a ordem do Rio Branco no grau comendador

Coronel Fabrício Moreira Bastos recebeu a Ordem do Rio Branco no grau comendador

Nesta quinta-feira (21), um dos militares acusados pela Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe de Estado foi premiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em novembro de 2013. O coronel Fabrício Moreira Bastos, que recebeu a Ordem do Rio Branco no grau comendador, o terceiro dos cinco graus da honraria.

A ordem reconhece serviços “meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção”.

A medalha, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, validou o papel do militar durante a erupção do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, considerado crucial para a realização da tarefa de repatriação dos brasileiros.

O Coronel Bastos atua como adido na Embaixada Brasileira em Tel Aviv, sendo o representante oficial das Forças Armadas Brasileiras em solo israelense. Ele serve como um vínculo entre os dois países em questões ligadas à defesa, segurança e colaboração militar.

Embora o oficial estivesse programado para permanecer em seu posto até 30 de junho de 2025, é provável que ele retorne ao Brasil mais cedo para montar sua defesa. A Polícia Federal o identifica como um dos participantes na elaboração da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, um manifesto assinado por 37 militares. Na ocasião de sua divulgação, o comandante da Força Terrestre da época, general Marco Antônio Freire Gomes, interpretou o documento como uma pressão para que a instituição se unisse ao suposto golpe.

No documento que a Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), além do coronel, outros 24 militares são mencionados. Entre eles, encontram-se figuras como o general do Exército Augusto Heleno, que foi ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Braga Netto, que atuou como ex-ministro da Defesa e foi o vice de Bolsonaro na chapa que não obteve sucesso em 2022; Paulo Sérgio Nogueira, que foi ex-comandante do Exército; e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, que ocupou a posição de ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.

Na lista também estão incluídos o ex-comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e três dos quatro militares supostamente presos por terem conspirado para assassinar Lula, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. São eles: o general de brigada da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima e Rafael Martins.

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