Decisão do diretor-geral da PF gera críticas e especulações sobre motivação
A exclusão do jornal Folha de S.Paulo de uma entrevista coletiva realizada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, nesta quarta-feira (4), gerou repercussão e críticas, incluindo comentários do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A coletiva abordou temas como o inquérito sobre o suposto golpe de Estado e um plano para assassinar autoridades brasileiras, mas a Folha foi barrada sem justificativa oficial.
Flávio Bolsonaro associa exclusão a Alexandre de Moraes
Em suas redes sociais, Flávio Bolsonaro sugeriu que a exclusão do jornal pode ter sido uma retaliação ligada a denúncias publicadas pela Folha contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele relembrou reportagens de Glenn Greenwald e Fabio Serapião que acusavam o ministro de excessos em sua atuação judicial.
“Não quero crer que o dono da Polícia Federal tomou as dores de Alexandre de Moraes e está retaliando a Folha de S.Paulo pelas denúncias do seu complexo industrial de perseguição”, afirmou o senador. Ele também ironizou o episódio: “Se pelo bem da democracia pode deixar Bolsonaro inelegível, que mal tem censurar a imprensa tradicional… vai ser só desta vez, confia! Minha solidariedade à imprensa e à democracia.”
Exclusão levanta debate sobre liberdade de imprensa
A decisão de excluir a Folha de S.Paulo ocorre em um momento de debates acalorados sobre liberdade de imprensa e possíveis abusos de poder. Embora a PF não tenha fornecido uma explicação oficial, o episódio alimentou críticas de que o governo estaria agindo para silenciar veículos de imprensa em situações delicadas.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, utilizou o caso para reforçar acusações de parcialidade na condução de investigações e decisões judiciais, frequentemente atribuídas ao ministro Alexandre de Moraes e suas supostas ligações com o governo Lula.