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Preço da carne dispara: alta de 15,4% é a maior desde 2021

Churrasco mais caro: inflação de carnes sobe para 15,43% em 12 Meses

A carne bovina está pesando mais no bolso dos brasileiros. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10, a inflação da carne saltou de 8,33% em outubro para 15,43% em novembro no acumulado de 12 meses.

Essa alta representa a maior variação desde outubro de 2021, quando chegou a 19,71%. Em novembro, a carne registrou um aumento mensal de 8,02%, o mais expressivo desde dezembro de 2019, quando alcançou 18,06%.

Cortes Populares Impulsionam Alta dos Preços

Os cortes que mais contribuíram para o aumento no preço foram:

  • Alcatra: 9,31%
  • Chã de Dentro: 8,57%
  • Contrafilé: 7,83%
  • Costela: 7,83%

Esses aumentos refletiram diretamente na alta de 1,55% do grupo de alimentação e bebidas em novembro.

André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, explicou que a menor oferta de animais para abate e o aumento das exportações foram os principais fatores que impulsionaram os preços.

“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro”, afirmou Almeida. “A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto.”

Cotações do Boi Gordo em Níveis Históricos

Segundo a consultoria Datagro, as cotações do boi gordo, que têm atingido patamares próximos às máximas históricas, também estão pressionando os preços da carne bovina tanto no atacado quanto no varejo.

“O comportamento dos preços sugere que uma parcela considerável da alta da arroba bovina já foi absorvida pelos consumidores”, afirma a Datagro em relatório.

Consumidor Pode Buscar Alternativas Mais Baratas

Mesmo com os preços em alta, a demanda continua aquecida, embora haja sinais de um possível limite de consumo. A Datagro destaca que, embora a renda média do brasileiro ainda comporte o consumo de carne bovina, o cenário pode mudar.

“Contudo, também é possível inferir que estamos nos aproximando de um patamar máximo de quanto o consumidor está disposto a comprometer de sua renda para esse consumo, o que começa a induzir um movimento gradual de substituição da proteína bovina por alternativas de menor custo.”

 

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