
Pablo Marçal, empresário e influenciador, voltou a causar polêmica ao conceder entrevista à CNN neste domingo (23). Ao longo de quase uma hora, ele elogiou Lula, relativizou a atuação do presidente e lançou críticas brandas à esquerda, acendendo um alerta entre conservadores que antes viam nele uma promessa de renovação à direita.
Apesar de afirmar que disputará a presidência ou o governo de São Paulo em 2026, Marçal desferiu ataques a Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, seus potenciais concorrentes. Em vários momentos, posicionou-se como vítima do sistema, criticando a Justiça Eleitoral por sua inelegibilidade e sugerindo perseguição política, mas sem apresentar provas concretas.
Em tom messiânico, disse estar “chamado por Deus” para liderar o Brasil, mesmo após episódios polêmicos como a divulgação de um laudo falso sobre Guilherme Boulos e a cena teatral em que saiu de maca após levar uma cadeirada em debate. Marçal minimizou ambos os casos e os tratou como “estratégia” para despertar a população.
Ao se referir a Lula, Marçal classificou o petista como a “maior lenda da política brasileira” e criticou a tentativa de torná-lo inimigo absoluto. Elogiou o ex-presidente por sua articulação política, evitando qualquer menção contundente aos escândalos de corrupção do passado. A ambiguidade incomodou setores conservadores.
Sua retórica também surpreendeu ao fazer um apelo para que Bolsonaro não seja preso, mas, ao mesmo tempo, culpá-lo por não ter tido postura de estadista. Chamou de “erro técnico” o fato de Bolsonaro disputar a eleição de 2022 praticamente sozinho no campo da direita.
Mesmo assumindo um tom mais moderado, Marçal não abandonou a tática da vitimização. Afirmou que a decisão judicial que o tornou inelegível “não faz sentido jurídico” e negou abuso de poder econômico, ainda que tenha gravado vídeo prometendo vantagens a doadores durante a campanha.
Sobre os bastidores da eleição municipal, Marçal afirmou que sua equipe publicou, sem checagem, um laudo falso envolvendo Boulos e drogas. Ainda assim, tentou relativizar a gravidade do episódio e jogou a culpa em assessores, evitando assumir responsabilidade direta.
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