Chuva geral com queda da temperatura 08/08/2024
Eis a história sucinta do fogo do caminhão da Fazenda Tupaciretã e o incêndio descontrolado que atingiu toda a região
Algumas perguntas, no entanto, seguem sem resposta cabal aos desconfiados moradores tradicionais, mesmo após sucessivos relatórios tentarem acalmarem gregos e troianos que atribuem tão repetitiva tragédia, somente a um culpado: Um velho e cansado caminhão…
Entre esse evento e seu final, nos abundaram reportagens com escatalógicas narrativas, vídeos e fotos do heroísmo, abnegação, além do acúmulo de monumentais gastos com todos os meios necessários incorporados ao combate, incluindo Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Governos Federal e Estadual, meios particulares das fazendas produtivas vizinhas e as várias brigadas e aeronaves alugadas das propriedades engajadas na conservação ambiental, no conhecido como Parque Estadual (sic) do Rio Negro.
Com pantaneira curiosidade, entendemos necessário ouvir o citado caminhão origem de toda a destruição, ou melhor, o seu condutor, para saber qual o destino do frete, e de extrema importância, o que carregava e quanto receberia pela carga urgente que levou-o a desafiar um areião no meio de um dia de calcinante calor…
Objetivando transparência nos recursos publicos empregados, tratam-se de dados de extrema relevância, pois entendemos que contratados desse tipo de cliente são submetidos a extremos rigorosos de planilhas de controle de preços, tais prestadores de serviços, são submetidos ainda a exigências com horários de entrega, e normalmente estes humildes freteiros sejam de lanchas ou caminhões, acabam trabalhando apertados, sempre no limite para lhes sobrar algo, costumeiramente forçados a sobrecarregar os equipamentos, ultrapassando margens de segurança com carga muito além do razoável.
Além disso, o que carregava seria tão inflamável quanto o meio ambiente dessas “áreas protegidas”, com massa vegetal acumulada inclusive com muitas áreas de capins exóticos abandonadas?
Aos pantaneiros, com justificado receio de ações das ongs que já se jactam de domínar 60% do Pantanal, parece que esse inanimado caminhão mereceria um relatório e exclusivo a partir dessas informações de condutor e ajudantes, pois é necessário elucidarmos a circunstância para eles capital, por envolver a perda total de seu meio de vida…
Quanto a outro lugar comum, quem já assistiu um verdadeiro pantaneiro furar mel, novamente os mirinzanos, sabem que eles não usam fogo no chão, normalmente cortam formigueiros ou cupinzeiros arborícolas, e fazem um eficiente fumigador, com cabo e sem chamas, além da notória rapidez na retirada dos favos têm absurda resistência às ferroadas.
Fogo oriundo de furação de mel envolve necessariamente algum elemento neófito ligado a alguma articulação exógena de povoamento induzido ou contrato de trabalho com elementos sem vínculos regionais.
O Pantanal expõe mas não impõe, em busca da verdade a la Pirandello: “- Assim é (se lhe parece).”
Armando Arruda LacerdaPorto São Pedro